A tarde caía em Serra dos Riachos, tingindo o céu com tons de cobre e rosa desbotado. A casa dos Couto, de madeira antiga e janelas largas, exalava o cheiro de café recém-passado e terra molhada. Tânia estava na varanda quando viu o carro de Kael estacionar do outro lado da rua.Ela desceu os degraus devagar, o coração batendo um pouco mais forte. Sabia que aquele momento mudaria muita coisa — para a cidade, para seu pai, e talvez para ela também.Kael saiu do carro ao lado de Aziria. A guardiã caminhava com a calma de quem sabia exatamente o que estava por vir. Kael, por outro lado, tinha o olhar concentrado e a postura rígida de quem se preparava para mais do que uma conversa: uma escolha.Tânia os encontrou no portão, abrindo-o antes que precisassem tocar a campainha.— Meu pai tá esperando vocês na sala — disse a Kael, com o tom sereno, mas os olhos atentos. — Ele não é contra… mas também não está totalmente a favor.— E ele tem todo
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