A primeira reação de Renato foi não acreditar. Para ele, a irmã ainda era uma garota comportada e sensata.Mas, logo depois, veio a segunda reação: e se a policial estivesse certa…?O simples pensamento era assustador demais.Renato não quis se deixar levar por essa hipótese. Nesse momento, ouviu passos se aproximando.Virou a cabeça e viu a irmã, já tendo assinado os papéis, caminhando até ele.— Mano, vamos embora… — Disse a garota, chegando perto, com os olhos vermelhos de tanto chorar e a voz rouca.Renato, com o coração apertado, afagou-lhe a cabeça e falou com doçura:— Está bem, vamos. Já está tarde, vou te levar para comer algo.Vitória assentiu e seguiu ao lado do irmão, passos curtos e tímidos, ombros encolhidos, cabeça baixa, a aparência de quem carregava uma injustiça enorme.Pelo canto do olho, Renato a observava, e aquilo também lhe trazia um peso no peito.Desta vez, o caso era muito mais grave do que o anterior: havia a acusação de sequestro confirmada e também o uso de
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