TODOS os capítulos e episódios de Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle a Lívia Andrade - Página 61 - BueNovela

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Todos os capítulos do Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle: Capítulo 601 - Capítulo 610

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“Você já ouviu falar em algo chamado personalidade histriônica?” foi o que a policial dissera a ele.Renato respirou fundo e fechou os olhos. Não queria duvidar, mas também não queria acreditar.Na mente, surgiam lembranças do jeito como a irmã interagia com ele no dia a dia e de como se comportava durante as chamadas de vídeo com os pais. Cada expressão, cada gesto, cada pequeno movimento...Renato simplesmente não conseguia associá-la a algo cruel e perverso.— Mas eu acho que guerra entre mulheres é coisa de destruir a própria espécie. — A voz da secretária soou pelo telefone. — Se acha que o homem a traiu, que vá direto nele! Por que é que mulher precisa fazer outra mulher sofrer?As palavras o trouxeram de volta à realidade. Renato apertou os lábios, em silêncio.De fato, se fosse ele, teria sido o primeiro a mandar castrar aquele desgraçado do Gabriel. Casado, e ainda assim teve a ousadia de se envolver de novo, traindo a esposa de forma deliberada.Na ampla avenida, dentro do Be

Pelo lógico, seria natural que tivesse sido a irmã a pedir sua ajuda, afinal, as duas eram amigas. Mesmo que ele, ao saber do ocorrido com Beatriz, também fosse ajudar espontaneamente, ainda assim... Ela tinha feito questão de perguntar aquilo.Eduardo apertou levemente os lábios, sem compreender muito bem, mas acabou não dando importância.Enquanto isso, do outro lado da cidade, no Hotel Visqui...Na suíte presidencial, Vitória revirou o fundo do armário e encontrou, presa dentro de um caderno, um chip de telefone. Seguiu direto para o banheiro, trancando a porta por dentro.Discou o número daquele homem. Na primeira tentativa, ninguém atendeu. Quando estava prestes a enviar uma mensagem, o telefone tocou de volta.— Meu celular caiu na água, acabei de trocar por um novo. — A voz do homem soou ofegante, quase atrapalhada.— Inútil! — Vitória já começou com um insulto. — Eu disse para agir rápido! Dias atrás você não conseguiu nada e hoje ainda deixou escapar, quase foi pego! Se soubes

— Além disso, desta vez eu não falhei por culpa minha, mas porque você não me avisou que aquela mulher tinha segurança particular escondida. — Insistiu o homem. — Me dê mais uma chance. Garanto que não haverá imprevistos. Antes, eu pensava em levá-la e resolver depois. Desta vez, vou acabar com ela ali mesmo, na rua. Sua voz estava baixa, carregada de ódio.Vitória permaneceu em silêncio. No momento, não tinha como contatar outro assassino profissional.Além disso, sua ideia inicial era deixar aquele chip sem uso por um tempo, escondê-lo em outro lugar e esperar a poeira baixar antes de voltar a utilizá-lo.— O adiantamento que te paguei, eu não vou pedir de volta. O fracasso da missão vai valer como pagamento para você calar a boca. Você entende o que isso significa, certo? — Disse ela, fria como gelo.O homem entendeu e garantiu:— Se eu não tiver sucesso, não quero o restante do pagamento. Nesse período, não entrarei em contato com você. Mesmo que eu seja preso, não direi o seu nom

— Sr. Gabriel, como devemos proceder deste lado? — Perguntou o representante, em português, pelo telefone.— Já entendi. Me dê dois minutos. — Respondeu Gabriel, frio.O intermediário compreendeu e foi negociar. Estavam dispostos a esperar, afinal, vender duas gramas de antídoto concentrado por cento e cinquenta milhões de dólares era um negócio gigantesco.No corredor, no fim da ala de internação, Gabriel pegou o telefone e discou para Renato, pronto para tirar satisfações ali mesmo.Do outro lado, a chamada foi atendida rápido. Contendo a fúria, Gabriel falou entre dentes:— Renato, foi você, não foi? Comprou todo o antídoto do Pó do Êxtase só para eu não conseguir! E ainda tem a cara de dizer que eu sou cruel? Você é que tem o coração de fera com cara de gente! Quer se vingar de mim? Venha direto em cima de mim, mas não descarregue isso na Beatriz! Ela é inocente! Você sabe muito bem que eu estou tentando salvá-la, mas mesmo assim mandou comprar o antídoto antes, só para impedir. Vo

A ligação havia sido gravada automaticamente e, mais tarde, seria enviada ao mordomo. Renato queria ver o que o avô diria de bom sobre ele depois de ouvir aquilo.Enquanto isso, Gabriel continuava conversando com seu contato no exterior. Cento e cinquenta milhões... Se eles tinham coragem de pedir, ele tinha coragem de pagar.Mas se Beatriz não acordasse, não importava a distância, ele iria caçá-los até o fim do mundo.Quando o representante estava prestes a retomar as negociações, o outro lado recebeu mais uma ligação.Irritado e ainda com a raiva da discussão com Renato, Gabriel explodiu:— Porra! Esses caras não têm noção nenhuma de como negociar? Vão fechar o negócio ou não? Se não quiserem, eu compro de outra pessoa!— Sr. Gabriel, por favor, acalme-se... Vamos esperar só mais um pouco. — Tentou apaziguar o interlocutor. — O antídoto para o Pó do Êxtase não é vendido fora da hierarquia da organização. Quem for pego vendendo é executado na hora. Esse tal de David é o chefe máximo,

“Cardoso? Quem era esse? Outro contato que o Sr. Gabriel tinha procurado?Não... Espere. Ligando com o que ouvira antes, durante a conversa ao telefone...Esse “Cardoso”... Não podia ser o Rex Cardoso, podia?!”O representante não se conteve e fez a pergunta. O homem de barba cerrada apenas assentiu.O representante ficou chocado. Se o Sr. Gabriel era tão próximo de Rex, por que tinha pedido para ele intermediar a compra do antídoto?Todos sabiam que os negócios de Rex se estendiam pelos países mais desenvolvidos e que até o próprio David, o chefe ali presente, mantinha parceria com ele. Era a Rex que vinham buscar “mercadoria” quando precisavam.— Sr. Gabriel, o David disse que o Rex já levou o antídoto. O senhor não precisa mais comprar. — Transmitiu o representante.Mas Gabriel entendeu aquilo de outra forma. Para ele, era Renato ordenando que não vendessem nem um miligrama do pó para ele.Contendo-se à beira de explodir, soltou o ar devagar, num tom gelado que parecia cortar:— Dig

O representante tentou ligar novamente para Gabriel, querendo esclarecer, mas a linha estava ocupada.Enquanto isso, numa avenida do país...No banco de trás de um Maybach, Gabriel atendia a uma chamada. Quem ligava era a secretária de Renato.Inicialmente, ele não queria atender. Mas, se ela ligava, era certamente a mando de Renato. Queria ver qual era o próximo passo daquele desgraçado.Será que, com o antídoto nas mãos para salvar Beatriz, ele queria negociar? Exigir que Gabriel se ajoelhasse e pedisse desculpas à Vitória? Ou forçá-lo a casar-se com ela?Se fosse qualquer uma dessas opções, estava sonhando alto.Renato achava mesmo que, com sua influência, poderia bloquear todos os caminhos? Gabriel não acreditava que fosse impossível encontrar outro antídoto.— Sr. Gabriel, o jato particular já partiu a toda velocidade. Deve chegar em uma hora e, depois, vou mandar entregar o antídoto diretamente no hospital. — Informou a secretária de Renato.Gabriel ouviu sem demonstrar o mínimo

Renato era realmente traiçoeiro e desprezível.Gabriel, rangendo os dentes, digitou a resposta:[A minha mulher eu mesmo salvo. Não preciso da falsa boa vontade do Renato!]Assim que enviou a mensagem, desceu do carro, entrou no saguão de embarque e colocou o celular em modo avião.Enquanto isso, em outro lugar...A secretária leu a mensagem de Gabriel e ficou completamente perdido.Ela sabia da briga recente entre Gabriel e Renato, e também que a irmã de Renato era ex-namorada de Gabriel e, pior, amante dele enquanto este ainda era casado. Era óbvio que havia rancor entre os dois.Mas Renato realmente nunca lhe dissera que queria usar o antídoto como moeda de troca para forçar Gabriel a se casar com a Srta. Vitória.Agora, com Renato sem responder às mensagens e Gabriel tão certo disso, o secretário não sabia se o remédio, ao chegar ao país, deveria ou não ser usado.Depois de um minuto de hesitação, decidiu ligar para o Sr. Henrique.No hospital particular...O mordomo atendeu à liga

A segunda reação de Gabriel foi se perguntar por que não tinha recebido ligação alguma.Logo lembrou: o celular estava no modo avião. Estava tão irritado que não queria mais ser incomodado.Pegou o aparelho, ligou a rede e, imediatamente, surgiram várias notificações de chamadas perdidas: do representante no exterior, de Rafael, do assistente de Renato e até do mordomo, mas nenhuma do hospital.Seguindo a passos largos para fora, ele perguntou:— O médico ligou para você? Por que não falou comigo diretamente?— Não foi o médico daqui. O antídoto do exterior já está a caminho. — Respondeu Rafael, agora recuperando o fôlego.Gabriel lembrou das chamadas perdidas do mordomo e perguntou:— Foi o vovô quem conseguiu comprar?Se fosse mais rápido que ele, claro que era porque o avô tinha mais conexões.— Também não. — Disse Rafael.Gabriel franziu ainda mais a testa.Rafael estava prestes a explicar quando Gabriel se adiantou:— Você não está falando do Renato, está?Rafael não esperava que

— Vai ver o Sr. Renato só agiu por consideração ao Sr. Henrique. Afinal, o avô dele e o Sr. Henrique foram grandes amigos no passado — Sugeriu Rafael.Gabriel parou por um instante, franzindo levemente a testa. Realmente, não tinha pensado na hipótese de Renato agir por causa do avô.Nesse momento, o celular tocou. Gabriel olhou e viu que era o mordomo.Atendeu e, logo de início, perguntou:— Marcos, o meu avô pediu para o Renato encontrar o antídoto?— Não, foi o próprio Sr. Renato quem se ofereceu para ajudar. Acabei de receber a ligação da secretária dele — Respondeu o mordomo. — Então, o senhor não precisa mais viajar para o exterior. A Srta. Beatriz está salva.Ao ouvir isso, Gabriel acreditou ainda menos que Renato tivesse agido por causa do avô.Afinal, ele e a Beatriz já estavam divorciados, para o avô, ela não passava de ex-mulher do neto. O Renato não teria motivo algum pra bajulá-la tanto assim.— Ele não está agindo de boa-fé. Não vamos usar o remédio dele. — Disse Gabriel,

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