O céu estava limpo, azul, sereno, como se o próprio universo tivesse decidido abençoar aquele dia. A brisa leve soprava entre as árvores, balançando suavemente as folhas e levando consigo o perfume das flores que enfeitavam a entrada da pequena capela no interior do estado.Eles queriam assim, simples, íntimo, com quem realmente importava. Nada de luxo exorbitante, nada de ostentação. Apenas amor, apenas essência, apenas verdade.A igreja era charmosa, toda em pedra clara, com uma porta arqueada de madeira maciça e vitrais em tons de azul, dourado e branco que refletiam, quando tocados pela luz do sol, desenhos de anjos, pombas e ramos de oliveira. No caminho até a porta principal, um corredor de lavandas frescas perfumava o ar.Dentro, os bancos de madeira polida estavam adornados com pequenos arranjos de gipsofilas e ramos de eucalipto. O altar, simples e elegante, exibia uma cruz de madeira iluminada por uma claridade suave que entrava pelos vitrais. Sobre a mesa do celebrante, ape

Dois meses se passaram desde aquele dia em que Giovanni e Sophia, rodeados pelas pessoas que amavam, selaram o compromisso mais bonito de suas vidas. A casa, agora ainda mais cheia de amor, risos e pequenas bagunças, respirava família. Giovanni, o homem que um dia acreditou não saber o que era amor, agora se descobria completamente rendido, apaixonado, inteiro…O tempo voou, e, naquela manhã, Nova York acordou com o céu límpido, azul, e um vento leve, como se até o universo soubesse que aquele dia seria especial.Sophia, serena como sempre, tomou seu café da manhã tranquilamente, acariciando a enorme barriga enquanto conversava baixinho com Nora. Giovanni, ao contrário, andava de um lado para o outro pela cobertura, passando as mãos pelos cabelos, olhando o relógio a cada dois minutos, com os olhos azuis cheios de tensão, medo e uma ansiedade que ele jamais imaginou ser capaz de sentir.— Você tá bem, amor? — perguntou Sophia, com um sorriso divertido, observando o marido praticament

A porta da cobertura se abriu lentamente, e Giovanni entrou segurando Nora com todo o cuidado do mundo, como se aquele pequeno ser fosse feito de cristal. Sophia vinha logo atrás, sorrindo, exausta, mas completamente apaixonada pela cena de ver o homem mais temido da cidade… carregando sua filha como se fosse o tesouro mais precioso do universo.— Bem-vinda ao seu castelo, princesa… — Giovanni sussurrou, apertando a filha contra o peito, cruzando a porta da sala.O apartamento parecia diferente. Tudo estava exatamente igual, claro móveis caros, decoração impecável, o cheiro amadeirado misturado ao perfume de couro, mas, de alguma forma, tudo parecia… mais leve. Mais cheio de vida.— Você quer que eu segure ela um pouco? — Sophia perguntou, ajeitando a alça da bolsa no ombro.— Nem pensar. — ele respondeu, sério, com aquele tom grave, protetor. — Ela tá comigo agora. Vai conhecer cada canto da casa nos meus braços.Sophia riu, balançando a cabeça. — Meu Deus… nunca pensei que veria is

O som da campainha ecoou pela cobertura, e Giovanni, que estava sentado no sofá com Nora no colo, olhou para Sophia, que ajeitava as almofadas da poltrona de amamentação.— Eles chegaram… — ela sorriu, ajeitando uma mecha de cabelo atrás da orelha, o rosto iluminado por aquela felicidade serena de quem sabia que, dali em diante, a vida seria ainda mais cheia de amor.Giovanni se levantou com Nora nos braços, ajeitou-a contra o peito, e foi até a porta.Quando abriu, encontrou Antonella com Liam, sorrindo largo, seguidos de Blanca, que segurava a mãozinha de Hanna, a pequena entrou correndo assim que viu Giovanni segurando o bebê.— TIOOOO! — Hanna praticamente gritou, os olhos verdes brilhando como estrelinhas. — É ela? Cadê a minha sobrinha?Giovanni se agachou, segurando Nora com mais cuidado, e assentiu, sorrindo. — Olha ela aqui minha princesa… nossa Nora.Hanna se aproximou bem devagar, os olhinhos arregalados, um sorriso que mal cabia no rosto miúdo. Ela segurou a pontinha da

O cheiro suave de sabonete infantil se misturava ao som da água morna escorrendo na banheirinha. Sophia segurava Nora com todo o cuidado, apoiando as mãozinhas pequenas enquanto a bebê se deliciava com a água, chutando levemente e soltando aqueles gritinhos doces, típicos de quem descobria um mundo inteiro além do útero da mãe.— Ai, meu amor… que coisa mais linda que você é… — sussurrava Sophia, passando a mão delicadamente pela barriguinha da filha. — Mamãe te ama tanto, meu pedacinho de céu.Nora piscava, balançava os bracinhos, e às vezes apertava o próprio pezinho com uma força surpreendente para alguém tão pequena.De repente, o som da campainha ecoou pela casa, seguido pelo barulho da porta se abrindo.— Sophiaaa! Cheguei! — a voz animada de Antonella preencheu o apartamento, misturada ao som das risadas e passinhos apressados de Hanna.— Titiaaa! Titiaaa! — a menina corria, segurando uma enorme sacola que quase arrastava no chão de tanto que pesava.Sophia, com uma mão na cabe