O jato particular deslizou suavemente pela pista reservada do aeroporto como se até o vento ao redor soubesse que aquele não era um pouso comum. Era um retorno, um recomeço.O céu de Nova York amanhecia devagar, em tons de ouro, rosa e lavanda, e a cidade ainda bocejava, silenciosa, sob a luz tímida do novo dia. No interior da aeronave, Giovanni segurava a mão de Sophia com ternura, os dedos entrelaçados como raízes que encontraram terra firme. O olhar dele passeava por ela com adoração e respeito. Os cinco meses de gestação estavam ali, visíveis em cada curva arredondada do ventre dela — e em cada gesto protetor que ele já carregava nos olhos.— Está pronta? — ele perguntou, a voz baixa, o olhar calmo como raramente era.Sophia sorriu, ajeitando a mão sobre a barriga que crescia. Estava linda, com o vestido azul claro se moldando suavemente à silhueta da futura mãe.— Se for com você… sempre.A porta do jato foi aberta. Um vento fresco invadiu a cabine, e com ele, a realidade. Eles e

A porta do quarto se fechou com um clique suave, abafando os sons de risos e conversas que ainda ecoavam da sala. O silêncio que se seguiu parecia denso, íntimo. Giovanni encostou-se à madeira por um instante, observando Sophia atravessar o cômodo com passos lentos, os pés descalços, o vestido leve desenhando sua silhueta arredondada. Ela repousou as mãos na barriga por reflexo e sorriu para ele por sobre o ombro.— Estamos em casa — disse, baixinho.Giovanni se afastou da porta e caminhou até ela com a precisão de um predador apaixonado. Parou atrás dela, passando os braços ao redor de sua cintura, as mãos acariciando a curva arredondada de seu ventre.— Sim. Em casa. Com você… com ela.Ele deixou um beijo demorado no ombro dela, depois outro na curva do pescoço. Sophia fechou os olhos, sentindo a respiração dele quente, os lábios firmes, a fome contida crescendo devagar.— Vem tomar banho comigo — murmurou ele, a voz baixa, carregada de promessas.Ela assentiu sem dizer palavra. Gio

O som da campainha ecoou suave pela cobertura, rompendo o silêncio tranquilo da manhã. Sophia, sentada no sofá com uma xícara de chá entre as mãos, ergueu os olhos na direção da porta, surpresa. Ajeitou o robe branco de algodão que usava por cima da camisola e se levantou, indo descalça até a entrada.Ao abrir, seus olhos se iluminaram imediatamente.— Mãe! — exclamou em um tom cheio de ternura.— Surpresa! — respondeu Blanca, abrindo os braços com um sorriso radiante.Atrás dela, Isabela sorria com doçura, segurando uma sacola grande de papel kraft nas mãos, e Hanna, saltitante como sempre, vinha logo atrás, usando um vestidinho rosa e um laço branco nos cabelos cacheados.— Sophi, vamos sair pra escolher as coisas do quarto da Nora! — gritou Hanna antes mesmo de entrar no apartamento.Sophia riu com aquela explosão de alegria. Fechou a porta atrás delas e as acompanhou até a sala.— Antes de qualquer coisa, trouxemos um lanchinho bem reforçado pra você — disse Isabela, estendendo a

Os corredores envidraçados do andar executivo da Bianchi Corporation Group jamais haviam sido tão silenciosos, e ao mesmo tempo, tão atentos. Funcionários interrompiam discretamente o que estavam fazendo, recepcionistas cochichavam entre si, assistentes se entreolhavam com olhos arregalados. Até mesmo os mais experientes sentiam a mudança na atmosfera quando Sophia entrou.Ela caminhava com passos firmes, mas o olhar discreto deixava claro: estava sem graça.Vestia um vestido azul de linho leve, soltinho, com mangas curtas e detalhes bordados nas laterais. Os cabelos estavam soltos em ondas suaves, e a barriga agora evidente a tornava ainda mais… serena. Quase etérea.— Ela é linda… — murmurou uma funcionária, olhando de longe.— É ela, né? A mulher do presidente— sussurrou outra, enquanto mexia nos papéis apenas por reflexo.Sophia sabia que estava sendo observada. Cada passo que dava parecia ecoar mais do que deveria. O olhar curioso dos outros não era maldoso, era como se estivess

O restaurante era simplesmente deslumbrante. Um dos mais requintados de Nova York, localizado no terraço de um prédio que parecia tocar o céu. Do alto, as luzes da cidade formavam um mar dourado e prateado que se espalhava até onde a vista alcançava. Mesas elegantemente postas, velas acesas, flores brancas delicadas e uma música ambiente suave completavam o cenário perfeito.E, naquela noite, Giovanni não poderia estar mais elegante. Ele vestia um terno preto sob medida, impecavelmente alinhado ao seu corpo forte e másculo. A camisa branca, aberta no primeiro botão, dava um ar sedutor, e o relógio de ouro no pulso reluzia sempre que seus dedos se moviam. Seu cabelo estava perfeitamente penteado para trás, e o perfume amadeirado que usava parecia exalar poder, masculinidade e domínio.Mas nada, absolutamente nada, se comparava à mulher que estava à sua frente. Sophia parecia saída de um sonho. Vestia um longo de seda azul-marinho, de alças finas, que delineava cada curva do seu corpo,