Ao ver Ava atravessar a porta, Hector sente seu coração disparar, não de susto, nem de nervosismo, mas de algo que ele agora era capaz de reconhecer com clareza. Por um instante, o tempo parece desacelerar. A forma como ela caminha, o jeito sereno com que sorri, até mesmo a presença sutil de Estelle ao seu lado, tudo aquilo compõe uma cena simples, mas que para ele, tem um significado profundo.Era como se, pela primeira vez, ele compreendesse de fato o que estava sentindo. Não era apenas desejo, nem mera admiração. Era algo que ultrapassava as barreiras do físico e das circunstâncias. Era real. Era amor.Nunca havia experimentado aquilo. Não daquele jeito.E naquele instante, ele sabia: não podia mais negar.Ele se levanta imediatamente, como se algo dentro de si fosse impulsionado por um ímã invisível. Seus olhos brilham de encanto, e antes que qualquer palavra seja dita, já está próximo.— Oras, a que devo a honra dessa agradável visita? — diz com a voz mais suave do que o habitual,
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