Tudo estava fora do lugar, não apenas as coisas que revirou, mas principalmente a paz que estava lutando para manter. Havia passado dois anos no inferno e não permitiria que ninguém o mandasse para lá outra vez.Segurou o revólver como quem se agarra a um bote salva vidas.Louis tentou correr e acabou caindo, Dállia também entrou em pânico e gritou, mas ele não parou.Saiu da casa e começou a atirar para cima.Em segundos a casa estava cercada, soldados armados chegaram de todas as partes. Um tiroteio dentro do condomínio da máfia era emergência real.Tank olhou para a primeira mulher que avistou.— TIRA ESSA LOUCA DA MINHA CASA!Killer era a soldado com quem o namorado de Dállia estava gritando, a responsabilidade dela era apenas Olívia e os filhos. Trabalhava para Nick, apesar de ter sido treinada por um dos homens mais mortais da organização, ela não saía para campo.— O que aconteceu?Perguntou prevendo que não havia perigo real, ergueu a mão e fechou o punho, um sinal para que ni

Depois do almoço, Tank organizou o lugar, gostava de não precisar se esconder para fazer isso, Dállia nunca havia nem sequer questionado o fato de ele ter habilidades na cozinha.Jamais colocou em xeque a sua masculinidade, ela era diferente, especial, quase como se tivesse sido moldada para ele.Com esse pensamento, Tank terminou de secar a pia, tirou o avental e pensou que gostaria muito de ter conhecido aquela menina antes que o mundo a ferisse. Teria sido bom passar a adolescência tendo aquele rosto delicado olhando para ele com admiração.Mas aí lembrou da primeira namorada, a menina era bonita, tinha aquele olhar repleto de ingenuidade que o encantava.Se conheceram por acaso, ele costumava vender maconha na porta da escola e isso atraía a maioria das garotas que queriam ser descoladas. Tank usufruía dos favores de todas, até que um dia comentou com uma garota que estava agarrada a ele.— Aquela menina, a gordinha, quem é?Angélica respondeu debochada.— Uma nerd esquisita do oi

Tank esperou do lado de fora do quarto, se sentou no sofá, brincou com o filho, deu instruções para Nyll. O coração parecia bater mais forte a cada minuto, não era um encontro, não seria a primeira vez, mas ele a queria feliz.Se lembrou de quando o único pedido dela tinha sido andar de mãos dadas com ele naquele parque.Ele havia dito não!Se naquela época conseguisse entender o que sabia hoje, não teria só caminhado de mãos dadas com a mulher da sua vida. A teria levado nos braços.— Ele adora banana amassada com maçã raspinha, só não dá muito, ele não tem limite.Falou com a babá sobre o filho, mas quando a namorada saiu do quarto usando o vestido florido que ela nunca tinha usado fora da prisão dourada que haviam criado para eles na antiga casa de Russo, o rapaz completou.— Eu também não!Perdeu o ar, teve certeza de que o mundo parou por um instante antes de retomar seu curso. Os cabelos negros caíam em ondas perfeitas sobre o tecido claro.Tank procurou em sua mente alguma cois

Uma das perguntas mais difíceis de ser respondida é aquela que tem mais de uma resposta verdadeira.Dállia se lembrou de todas às vezes em que viveu aquilo, era horrível, uma vez ela vomitou e esfregou o rosto dela no vomito enquanto entrava nela por trás. Terminou com o ânus sangrando e o rosto sujo.Nunca tinha sido bom, mas com Tank era perfeito. Tudo era... Abaixou a cabeça e respondeu.— Não gosto que me beijem, nem que olhem para mim, odeio sentir a mão de alguém na minha pele e o sexo faz eu me sentir imunda. O cheiro é ruim, a sensação de algo escorrendo de dentro de mim, as risadas, a dor.— DálliaTank não sabia o que falar, só podia jurar que nunca mais a tocaria. E então, ela completou o próprio pensamento sem nem se dar conta da aflição no olhar do namorado.— Mas do seu beijo eu gosto, sonhei com a sua boca e quando você me beijou era melhor do que no meu sonho. Eu amo o jeito que você me olha e quando as suas mãos estão em mim eu sinto vontade de gritar. Tudo é bom, mas

Tank sentia o peito queimar com uma mistura estranha do maior amor que já experimentou e de um medo insano de que ela não ficasse.Se lembrou de uma das brincadeiras do chefe de treinamento.— Com a sua idade, você ainda acha que transar é enfiar algo em algum lugar. Se preocupam com tamanho e tempo. Com a minha, um homem já descobriu como fazer bem-feito. Cinco minutos e a experiência vence a juventude.Tank não deu atenção para Dylan, não naquele dia, mas agora que achava estar competindo com um homem mais velho, com alguém que talvez tivesse a tal idade da experiência. Aquilo voltou a sua mente.Não queria perdê-la! Não podia.— Posso te deitar?Dállia foi para a cama, não entendia o que estava acontecendo com o namorado, o porquê Tank estava agindo como se estivesse com medo dela.Deitou como ele pediu, esperou que a fizesse dele, estava louca para sentir o corpo dele, mas o rapaz se deitou ao lado dela.A cabeça apoiada na mão, o outro braço ao redor da cintura feminina.Tank a o