No momento em que pus os olhos no homem chamado Grayson, senti uma antipatia instantânea por ele; havia algo nele que não me agradava, e agora eu entendia o porquê. Não pude deixar de observá-lo enquanto ele bebia e ria com sua voz alta e desagradável, tentando até mesmo contar piadas. Os membros de sua alcateia riam, não porque suas piadas fossem engraçadas, mas porque sentiam que precisavam rir.Grayson agarrou uma das garotas nuas, e ela riu quando ele a puxou para o seu colo. Sem hesitar, ele segurou o seio dela. — Acho que você tem seios bonitos, mas tenho que me guardar para minha esposa, pelo menos por esta noite. — Disse ele, e todos riram disso. — Lembro-me de ter contado ao meu pai sobre minhas intenções de casar com tantas mulheres bonitas quanto pudesse. Ele me chamou de idiota; disse que ‘uma seria suficiente; você não precisa de tantas esposas’... Mas adivinhem só? Ele está morto, e agora sou o Alfa.As pessoas riram ainda mais, como se aquilo fosse engraçado; eu, por out

Eu rolei na cama — espera. Cama?Meus olhos se abriram de repente.— Alexander? — Chamei, mas não havia ninguém no quarto. Nesse momento, a porta rangeu ao se abrir, e um cheiro familiar preencheu o ar. O cheiro dele. — Alexander! — Chamei novamente, e finalmente, ele apareceu diante de mim.— Fui buscar algo para você comer. — Ele disse, com um sorriso — não um sorriso de deboche, um verdadeiro sorriso. Eu olhei para as mãos dele; ele segurava uma bandeja de comida. Vestia uma camiseta preta e jeans — eu nunca o tinha visto de roupas casuais antes e… caramba, ele estava irresistível. — Você… está bem? — Perguntou.— Sim, estou.Eu puxei as cobertas e me levantei. Uma tontura súbita me dominou, e perdi o equilíbrio. Antes que eu caísse, Alexander me segurou. A bandeja ainda permanecia em sua outra mão.— Você deveria descansar mais e também comer. — Ele disse, me guiando de volta para a cama. Aceitei a bandeja de comida. — Fico feliz que você esteja acordada; os últimos dois dias não f

Alexander não estava em seu escritório; tampouco na sala de reuniões.Entrei no escritório de Phil — um dos membros do conselho e o mais velho entre eles.— Luna. — Ele chamou, inclinando-se.— Phil. Você sabe onde o Alfa está agora?— Ele está no bar, Luna — eu não aconselharia você a ir até ele agora.— Por quê? — Perguntei.— Ele está um pouco… ocupado.— Me indique o caminho para o bar e eu irei.Se ele estivesse fazendo sexo com uma prostituta, eu sentiria.Pare diante do “bar”. A única coisa que bloqueava minha visão da sala era uma cortina de contas. Respirei fundo e entrei.O lugar cheirava fortemente a álcool, como esperado. Eu avistei Alexander; ele segurava uma garrafa, e ao lado dele estava Austin, outro membro do conselho.Três mulheres nuas dançavam em postes; a do meio tinha os olhos fixos em Alexander. A estranha sensação que senti antes na Alcateia Lua Cinzenta ressurgiu. Ciúmes. Não gostei do fato de Alexander observá-las, embora ele não tivesse feito nenhum movimento

Era um sonho. Disso eu tinha certeza.Eu vi uma versão mais jovem de mim mesma deitada na cama, magra e doentia. Sua pele era pálida como a neve, e sua respiração vinha em arfadas pesadas. Ao lado dela estava meu pai, Alfa Trent, em sua melhor forma. Ele era bonito, como eu sempre soube, mas havia dor em seu olhar enquanto me observava; eu estava morrendo, e eu podia ver isso.— Nada pode ser feito por ela — fizemos tudo o que podíamos, mas a doença… não entendemos, nunca vimos nada parecido. — Disse uma curandeira.— Ela não pode morrer. — Meu pai disse. — Ela é tudo o que eu tenho, e ela não pode morrer. Tem que haver um jeito.A curandeira se aproximou dele. — Pode haver outra opção — os lírios da curandeira. Mas eu jamais recomendaria; se não funcionar… ela morreria.— Faça. — Meu pai disse sem um único momento de hesitação.— Alfa, tem certeza?— Sim. Ela morreria de qualquer forma; faça.— As flores estão nas montanhas de Véu Eterno — minha avó me contou sobre elas. Eu sei como c

Cerca de cinco minutos se passaram, e ainda não havia sinal dela.— Imperatriz! — Chamei. — Imperatriz…Nesse instante, ela rompeu a superfície. Seu rosto parecia diferente — rejuvenescido. Ela havia entrado na água aparentando ter por volta dos quarenta anos, mas quando emergiu, parecia estar na casa dos vinte e poucos.— Imperatriz, você está…— Linda, magnífica… eu sei.— Como?— A água… muitos acreditam que o deus da luz uma vez se banhou nessas águas; é chamado de Lago da Juventude. Já foi muito maior do que isso, mas, bem, é tudo o que resta dele.Ela vestiu suas roupas..— Foi como se o tempo tivesse voltado atrás, e ela tivesse recebido sua juventude novamente. — Eu disse a Trian quando já estávamos de volta ao meu quarto.— Me parece que você gostaria de dar um mergulho no Lago da Juventude um dia.— Claro que não… a Imperatriz nunca permitiria.— Você teme a Imperatriz como se ela fosse uma deusa.— Ela é uma mulher poderosa.— Concordo, poucos homens vivos conseguiriam cons