Razael Carter Sari — conhecido no submundo apenas como Zael, ou o anjo da guarda das máfias — é um homem difícil de se alcançar. Quando o assunto envolvia seu nome, até os mais ousados preferiam pisar devagar, tateando o terreno com o respeito de quem atravessa um campo minado.Zael transitava com naturalidade pelos dois lados do mundo: o do crime e o da lei. Já havia tirado famílias inteiras do radar do FBI, desfeito investigações federais com um estalar de dedos e reconstruído redes inteiras com um único telefonema. Era exatamente por isso que, agora, eu precisava dele.Marcar uma reunião com Zael era como tentar uma audiência com Deus: improvável, quase impossível. Mas, após dias de insistência, finalmente consegui.Faz três dias que estou em Virgínia, e não vou sair daqui sem falar com ele.O restaurante escolhido para o encontro é requintado, silencioso, isolado do barulho do lado de fora. Reservamos um salão privado nos fundos, longe de olhares e ouvidos curiosos. A comida é ape
Ler mais