E Max não tinha como discordar, os dois tentaram de tudo. Mas na primeira oportunidade, tinha um, porém, um porque, uma dificuldade. Não importava. Ele mesmo deu de todos aqueles anos, sendo exemplar e mantendo suas obrigações em ordem mesmo com tudo que já tinha acontecido, antes de conhecê-la não iria mudar. Até ter a confiança total, principalmente da família. Mesmo eles apoiando a relação com Ellora, o passado dele não era um critério para se acreditar que seria diferente. Ele já tinha voltado atrás uma vez.– Assumo minha parcela de culpa nisso. Os namoros repetinos, com o término de noivado. O lance de anos com a Isabelli. – De uma forma ou de outra Max sempre tentou priorizar o que acreditava ser importante e não adiantou. Nem todas as escolhas eram perfeitas. – Sim, tem tudo isso. Na visão de todos, só vai ser para valer quando nos casarmos. Essa é a verdade, podemos namorar por anos. Enquanto não der a ela algo tradicional, não vai adiantar. – Parecia injusto a necess

O estrago estava feito. Depois de falar com a assessoria de Buckingham, era a mãe que o esperava quando voltava a Kensington. Ellora não o respondia mais, estava em silêncio e isso já tinha mais de algumas horas da última mensagem dela. Só o deixava preocupado, e aflito. Ela ia se afastar, não poderia imaginar um cenário pior que aquele. Depois do sermão longo e de quanto eles foram irresponsáveis, repetia as mesmas palavras do irmão e da assessoria, só que as dela pesava mais, tinha decepção em cada palavra e principalmente quando citava o pai. Que mesmo não sendo o candidato perfeito para ter se casado com ela, fez o melhor para que aceitassem e ele estaria com o mesmo sentimento de fracasso se visse que ele não estava sendo cuidadoso. Os dois continuaram horas conversando, já nas primeiras horas da madrugada, ninguém da família de Ellora respondia. Seja lá o que estivesse acontecendo na casa deles, todos o deixavam de fora. A mãe enfim o acolhia, se sentava ao lado de Max e tenta

As palavras de Max só faziam com que Lola sentisse mais saudades ainda dele. Não era só ela que tinha perdido o controle da vida e também o afetava. Mas ainda sim tentava encontrar algo bom, fazer algo bom por alguém e mesmo tão exposto estava ali se desculpando pelo erro deles. De alguma forma tentando se redimir por algo que não deveria ser proibido. – Liga pra ele, Lola. – Patrícia ainda estava deitada ao lado da amiga e abraçava já vendo que de novo começava a chorar. – Ele também precisa de você. – Mas ela não sabia como. Ou se ela tivesse forças para ouvir a voz dele, tão distante. – Do que vai adiantar? Não sei se consigo viver assim. Eu querer ficar com ele só piora tudo. – Ellora se apertava contra a amiga tentando entender e encontrar uma resposta. Se por fim no relacionamento era a resposta, nem sabia por onde começar. Não conseguia ligar para ele, que já sentia o medo a tomando. Foi ideia dela, mesmo os dois querendo e provocando a atitude de começar partiu dela e a

E mais uma vez afundava o rosto no cabelo escuro, e apertava. Não conseguia imaginar uma vida sem ela. Dessa vez não sentia ela retraída, ela abraçava pela cintura e desabei de chorar. Lola ainda mantinha o rosto no peito de Max, entre lágrimas e pequenos soluços, como sentiu falta daquele cheiro. Chegava a doer todos os minutos que pensava não ter mais aquele toque novamente, mas ele estava ali. – Vem comigo. – E a seguia para o quarto. O quarto agora parecia tão vazio depois da mudança há quase um ano. Tinha só básico ali, nenhuma recordação mais ou algo que ligasse a Ellora. Mas a única coisa que conseguia enxergar era Max se sentando à frente dela, perdido. Totalmente desolado e diferente da última vez que tinha visto, em Londres era só sorrisos e segredos. – Fala comigo, por favor. – Ele pediu enquanto de novo colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha. Aquele pijama não parecia ser dela, provavelmente Patrícia tinha emprestado, estava grande demais, pelo jeito nem ti

Lola apenas se deitava na cama, parecia que tinha o peso do mundo nas costas. Então notava o movimento de Max sentando ao lado dela e a imitando. Os dois ficaram em silêncio por um tempo, só observando a respiração e o olhar um do outro quando se viravam. Como sempre faziam, gostavam de ficar deitados se olhando sem uma única palavra.– Você viu o vídeo? – Max foi o primeiro a falar. Ela disse que sim. Tão baixo com a boca colada ao ombro dele – Tudo? – Ele parecia surpreso, ainda mais por saber que dos dois ela era que mais evitava ver qualquer coisa que postassem sobre eles. – Vi, sabe o pior. Não dá para ver mais do que viram nas fotos. – Os olhos dos dois se encontravam. – A única diferença é o movimento, gemidos e você dizendo que ia gozar. – Os dois riam, um pouco sem jeito. Não era tão exposto assim, mas a ideia e saber o que acontecia pareceu criar mais expectativas e curiosidade ainda de quem procurava. E claro, era pessoas públicas, todos gostariam de saber o que eles