Da porta entreaberta da sala principal, Laura observava Maxwell e Bridget ao piano. A cena diante de seus olhos a corroía por dentro. Bridget sorria com naturalidade, e Maxwell... Maxwell tinha aquele olhar calmo, quase apaixonado. A conexão entre eles era evidente, mesmo que não trocassem palavras.Laura apertou os punhos.— Você sempre teve sorte, não é, Bridget? Mesmo quando tudo desmorona, alguém aparece para te segurar. Seu olhar se desviou para a barriga. O bebê que carregava era sua última carta. E ela jogaria com força.Sem fazer barulho, ela se afastou.No andar de cima, Elizabeth e George estavam no escritório da família, com as cortinas fechadas, abafando a luz do entardecer. A pasta sobre a mesa estava aberta, revelando documentos antigos, laudos médicos e relatórios particulares.— Ele está começando a lembrar, George. Hoje, tocou naquela pulseira da Bridget e ficou ali... estático — disse Elizabeth, a voz trêmula.— E se lembrar tudo, vai querer respostas — completou Ge
Ler mais