Depois que Orson saiu do apartamento de Zara, ele foi direto para um bar. Quanto ele bebeu, já não fazia ideia. Mas, quando Aurora apareceu na sua frente, ele instantaneamente ficou sóbrio. Foi então que ele pegou o celular e ligou para Michel, pedindo que resolvesse de uma vez por todas a questão com Aurora. Os assuntos relacionados ao Grupo Harris estavam praticamente finalizados, e ele já não precisava mais de Aurora como uma fachada. Além disso, ao olhar nos olhos de Aurora, Orson percebeu com clareza algo que já sabia, mas nunca havia admitido para si mesmo: ela não era Zara. E, mais importante, nunca poderia substituí-la. Foi por isso que ele voltou. Zara havia dito que ele estava louco. E, de fato, Orson também sentia que tinha perdido a cabeça. Caso contrário, como ele poderia ter aceitado as condições que ela impôs? Condições que ele sabia muito bem que só serviam para humilhá-lo. Mas, naquele momento, um pensamento surgiu em sua mente. Talvez Zara estivesse apenas

Naquela manhã, Zara já não se lembrava exatamente como Orson havia respondido à sua pergunta. O que ela lembrava claramente era que, no final, Orson não conseguiu controlar o desejo. Os dois trocaram de posição na cama e fizeram amor, e, como consequência, Zara acabou perdendo a hora da reunião matinal. Quando chegou à empresa, Rafferty foi o primeiro a informá-la que a reunião havia sido adiada. Zara, é claro, não ficou nem um pouco surpresa. Rafferty começou a falar sobre outras tarefas e compromissos do dia, mas os olhos dele continuavam vagando insistentemente pelo corpo de Zara. Ela não conseguiu evitar franzir o cenho. Quando estava prestes a reclamar, Rafferty finalmente se pronunciou: — A senhora não quer um corretivo ou algo assim? Zara ficou confusa por um momento, até notar as marcas de beijo visíveis na pele abaixo da gola de sua camisa. Ela imediatamente apertou o colarinho com a mão e, em seguida, pegou o celular. [Você é um cachorro?] Ela chegou a digitar

Quando Zara voltou ao Paz do Monte, a casa estava completamente escura. Naturalmente, ela presumiu que Orson já tivesse ido embora. Mas, assim que levantou a mão para acender a luz, ouviu a voz dele soar repentinamente: — Você voltou? Zara levou um susto, seu corpo deu um leve tremor, mas seus dedos rapidamente tocaram o interruptor. A sala de estar se iluminou instantaneamente, revelando o homem sentado no sofá, com um olhar profundo e fixo nela. Zara franziu as sobrancelhas imediatamente. — Onde você estava esta noite? Se divertiu? — Perguntou ele novamente. Zara ignorou a pergunta, escolhendo devolver com outra: — Por que você ainda está aqui? — Trouxe minhas malas. — Respondeu Orson. — Para onde mais eu iria? Ao ouvir isso, Zara finalmente notou os dois grandes malas de viagem posicionadas ao lado da sala. — Quem te deu autorização para se mudar para cá? — Perguntou ela, cruzando os braços. Orson não respondeu. Por algum motivo, ao olhar para ele naquele ins

Aquela panela de macarrão não só estava cheia, como era terrivelmente ruim. Zara, desde que tinha memória, nunca havia comido algo tão intragável. No final, ela não conseguiu aguentar e acabou acendendo o fogão novamente para cozinhar outra porção. Orson ficou parado ao lado dela o tempo inteiro, observando seus movimentos. Quando Zara virou a cabeça, pronta para mandá-lo sair da cozinha, ele, como se adivinhasse o que ela estava pensando, disse: — Quero aprender. Assim, da próxima vez, eu já sei como fazer. — Sr. Orson, isso não combina com o senhor. — Respondeu Zara com o rosto impassível. — Se o senhor quiser, tem um monte de mulheres por aí que adorariam cozinhar para você. — Eu sei. — Respondeu Orson rapidamente. Mas a forma como ele disse isso parecia sugerir outra coisa, algo que não precisava ser dito em palavras. Zara permaneceu em silêncio. Sem discutir, ela colocou a nova tigela de macarrão na mesa e se virou para sair. — Você contou ao Emory? — Perguntou Ors

Quando Zara terminou de falar, Orson ficou visivelmente paralisado. Se ele realmente se importava com ela tanto quanto demonstrava, Zara tinha certeza de que apenas aquela frase seria suficiente para tirá-lo do sono por toda a noite. E, ao pensar nisso, ela sentiu uma satisfação imensa. Mesmo sabendo que palavras cruéis em uma relação são como lâminas de dois gumes, ao perfurar o coração dele, acabavam ferindo também a palma da mão dela, Zara, naquele momento, só queria que ele sofresse mais do que ela. Sem olhar para trás, ela se virou e foi embora. A trilha de pedras não era fácil de caminhar, e Zara sabia que seus calcanhares estavam machucados, talvez até sangrando. Ainda assim, ela ignorou a dor e seguiu em frente, os saltos altos ecoando a cada passo, até entrar no restaurante. Orson a seguiu em silêncio. Apesar do estilo rústico, o restaurante definitivamente não era simples. Assim que entrou no saguão, Zara notou duas pinturas penduradas na parede. Reconheceu de imedi