Eu puxei com força a mão de Bruno que ainda estava sobre meu ombro e, sem dizer uma palavra, virei-me para olhar pela janela. A imagem dele refletida no vidro mostrava toda a sua dor, e eu o vi abrir a boca, mas, no fim, nada saiu. Quando chegamos à frente da Mansão à beira-mar, o motorista parou o carro. Bruno bateu levemente na minha coxa e, com um sorriso forçado, disse: — Ana, deixe-me abrir a porta para você. Ele rapidamente saiu do carro e, com passos apressados, correu até a minha porta. Mas, quando chegou, eu já estava em pé diante dele. O sorriso de Bruno sumiu quase que instantaneamente. — Ana... Eu o olhei de forma indiferente e, sem hesitar, passei por ele. Bruno deu um passo largo e bloqueou meu caminho. — Ana, não faça isso... Parei um instante e olhei para ele, sentindo meu olhar esfriar pouco a pouco. — Saia do meu caminho. Bruno fechou os olhos por um momento, segurando a dor que se formava em seu peito, e, com dificuldade, deu um passo para o
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