Max FosDeixando as coisas no quarto, por sorte, ontem a Rafaela resolveu preparar uma pequena mala com roupas de emergência. Colocamos tudo rapidamente e, em seguida, pendurei o crachá no pescoço, sentindo o peso de tudo o que estávamos prestes a viver.— Só de haver a mínima possibilidade de minha filha estar lá, meu coração já dispara — falei para a Rafaela, com a voz tremendo mais do que eu gostaria.Ela me olhou com uma expressão suave, como se tentasse me proteger de uma dor que sabia ser inevitável, mas necessária.— Imagino, Max. Mas... não tenha tanta esperança, está bem? Pode ser que ela não esteja lá — disse com cautela, como quem tenta preparar o outro para uma possível decepção.Fiquei em silêncio por alguns segundos, suas palavras ecoando em minha mente. Tentei afastar os pensamentos negativos, mas era difícil... tão difícil. O simples fato de imaginar que Nina pudesse estar ali, esperando por nós, fazia todo o resto parecer irrelevante.— Eu sei, Rafaela. Mas se existe
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