Viena Santoro. Eu me seguro com todas as forças para não deixar escapar uma gargalhada enquanto observo Augusta descarregar uma bronca monumental em Hector. Ele, que sempre se porta com aquela arrogância de quem tem o mundo aos seus pés, agora está encolhido na cadeira de madeira polida, como um garoto pego no flagra com a mão no pote de biscoitos. Seus ombros estão curvados, a cabeça ligeiramente baixa, e ele evita o olhar penetrante de Augusta, que parece decidir, com um brilho nos olhos, se o repreende mais um pouco ou se guarda a artilharia para depois. Minha avó, sentada ao lado, me lança um olhar semicerrado, daqueles que parecem enxergar através de mim, como se ela pudesse ler cada pensamento rebelde que cruza minha mente. Sei exatamente o que ela espera: que eu me levante, diga algo, talvez defenda Hector ou suavize a tensão. Mas, sério, por que eu faria isso? O espetáculo está bom demais para eu interromper. Então, apenas me recosto na cadeira, cruzando os braços, um sorriso
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