A cavernaO aroma do pão doce com ervas pairava no ar, junto com os risos e vozes distantes do povo que já se preparava para o Festival da Lua. Elena limpou as mãos na barra do avental, os pulsos ainda latejando do cansaço. A mesa da cozinha estava repleta de potes, frascos e pães moldados com formas de animais antigos, um costume ancestral que ela respeitava, mesmo sem entender.Suspirou. O bebê em seu ventre parecia inquieto, como se algo nele também sentisse a movimentação do mundo lá fora.“Terminei,” murmurou para si mesma, colocando a última bandeja sobre o aparador.Subiu lentamente para o quarto, o corpo doendo, a cabeça leve. Um banho quente aliviou a tensão, e logo ela estava deitada, o ventre nu sob a colcha. O som abafado dos turistas na cidade por causa do festival ecoando ao longe. Antes que o sono a tomasse, ouviu a porta ranger, Elvira.A mulher parou ao lado da cama. O olhar era duro, os braços cruzados.“Você está exausta, humana. Deveria descansar mais,” disse em
Ler mais