Chegamos ao shopping, e no instante em que abro a porta do carro sinto a brisa fria do ar-condicionado central vindo da entrada. Antes mesmo de ajeitar a bolsa no ombro, Ana me agarra, rindo alto e me abraçando com a mesma energia de sempre. Essa menininha é um furacão — penso — sempre cheia de vida. Tony dá um sorriso meio cansado, mas carinhoso, e seguimos todos juntos. As meninas andam na frente dos meninos; logo atrás vêm Theo, Tony, Henry e Artur, como uma pequena escolta. Gosto dessa sensação de movimento, de grupo, de família improvisada. Ao adentrar o shopping, sinto o cheiro de café e perfumes misturados, os passos ecoando no piso de porcelanato e as vozes dos clientes compondo uma música caótica. Ana já nos puxa na direção das lojas de roupas, arrastando Valentina junto. Por um segundo penso que os meninos vão procurar uma mesa ou um banco para nos esperar, como sempre, mas não — lá estão eles, atrás de nós, como se fossem seguranças particulares. É engraçado de ver, e do je
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