Estávamos tão concentrados na conversa da minha mãe que, quando Theo se levanta de repente, todos tomamos um susto. Ele ergue a voz, exaltado, declarando que ninguém toca no que é dele, que primeiro mata e depois faz perguntas. A frase explode no ar do escritório do Alfa Moisés, pesada e inesperada. Durante um segundo, ninguém respira. E então, como se uma corda esticasse demais e arrebentasse, caímos na gargalhada. O assunto é sério demais para risos, mas a forma como ele falou, e o fato de ninguém estar esperando por esse surto, quebra o clima tenso. — É isso aí, meu filho, tem que defender o que é teu — comenta o pai de Theo, divertido. Fico imediatamente envergonhada, o rosto queimando, enquanto meu pai acompanha a risada. — Moisés, não esqueça que estamos falando da minha filha, viu? — alerta, com um meio sorriso. Agora quem ri são os mais velhos, acompanhados por Artur e Henry, mas eu e Theo permanecemos sérios. A tensão entre nós continua viva. — Eu sei que ela é sua filha,
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