Estava na varanda, um livro aberto nas mãos, mas as letras borravam diante dos meus olhos. Tinha passado dias perturbada, e a leitura era apenas uma tentativa falha de silenciar a inquietação que me corroía. A campainha tocou, estridente, cortando o silêncio. Pensei que fosse katy que tinha ido a padaria e, esquecido a chave como sempre fazia , mas ao abrir a porta, congelei. Ivy, minha irmã, parada ali, com um olhar que não conseguia decifrar. __“O que está fazendo aqui?”, perguntei, a voz rouca. __“Vim falar algo sério”, ela respondeu. __“Não tenho nada para falar com você, Ivy. Vai embora.” Mas ela entrou, me empurrando, os olhos percorrendo a casa com uma admiração que me deixou gelada. ___“Nossa, que casa enorme! Tem razão por estar aqui ainda, Com aquele… deformado né. Tendo uma vida boa dessa, até eu aguentaria o deformado, até falava que te amo.. Ela sorriu da própria crueldade, e eu me afastei um pouco sua grosseria me atingiu como um tapa. __“Ei, diga logo o que
Ler mais