Capitulo III- Liz Albuquerque

Fiquei também de pé, já que Amanda que trabalha na empresa a mais tempo ficou, também fiquei. — A ex dele que eu acabei de falar. —  Escutei dizer entre dentes, permaneci de pé como se estivesse na escola durante o hino e artiamento da bandeira. —  Bom dia Senhorita Swton. 

— Bom dia senhorita Swton. —  Falei em seguida, com um sorriso também no rosto, a mulher olhou de mim para Amanda e dela para mim, seus olhos percorreu meu corpo, e rosto por inteiro, até que ergueu os óculos me olhou com certo desprezo nos olhos. —  Avise ao senhor Tyler que já cheguei, não irei subir. 

Amanda agarrou o telefone as pressas, pelo nervosismos, alguma bomba seria solta e explodida em alguns instantes. —  Novata? —  Afirmei lhe olhando também trêmula. —  Deseja sentar, água ou um café senhorita? —  Suspirou a minha frente, olhou em volta.

—  Água com gás por favor. —  Sorri vendo que talvez não seja tão metida, caminhei até o frigobar, servi a água na taça, caminhei em sua direção, lhe servi a água com maestria pelo menos serviu dois meses trabalhando como garçonete até conhecer Amanda. — Uma revista senhorita? —  Seus olhos voltaram a mim apenas bebendo um pouco da água, me olhou novamente. —  Não, obrigado. —  Assenti seguindo mais uma vez para levar a bandeja.

—  O senhor Tyler, já esta ... já esta vindo. —  Olhei para Amanda trêmula a sua frente, deixei a bandeja voltando a recepção não demorou para que ele aparecesse meio nervoso, passou a mão nos cabelos, ao aproximasse foi em sua direção. —  Porque não sobe? —  Cochicharam entre si, sendo mãe de uma garota de três anos sou expert em compreender cochichos.

—  Pensou na minha proposta Lucas? —  Amanda bateu em meu ombro, praticamente escondida atrás do balcão, lhe olhei deixando o casal de lado. — É assim que exs namorados ricos se tratam? —  Dei de ombros, não faço ideia, o pai de Alice simplesmente disse num dia que não queria ela e no outro estava indo embora, chorei, segurei suas pernas sem querer deixar ir embora, mas Marcos foi sem se importar que estivesse gerando a nossa filha, foi o dia que o vi, como vou saber como é um término de rico? 

—  Eita já estou vendo as chamas. —  Apontou para a porta, um homem de rosto magro cabelos grisalhos entrou, alto, num paletó preto, uma postura arrrogante. —  Bom dia minha filha... —  Ao olhar em volta parou naquele momento. —  Então Olga? Prontos para a declaração? —  A voz foi alta, arrogante mal olhou para o Senhor Tyler que parecia perdido.

—  Sim papai, o Lucas concordou... —  Vi a expressão do homem mudar rapidamente ao vê-la sorri com animação, encolheu-se. —  Farei o que estão me pedindo, mas o senhor sabe que a Olga... —  A mulher tomou a sua frente, fiquei com pena do senhor Lucas que parecia estar sofrendo com aquilo tudo.  Os três sairam da empresa.

—  Eita o que será que vão fazer? —  O elevador parou em seguida, olhei para a porta a empresa inteira parecia ter saído dele, a senhora Ivone tentando se arrumar após sair do elevador, caminhou até a saída, Amanda também foi, peguei meu celular aproveitando a saída de todos, disquei o numero da minha tia.

—  Tia? —  Lhe chamei ouvindo sua voz em seguida. —  Liz? Pode falar agora? —  Sorri fraco vendo que sim, graças a vida amorosa do senhor Tyler sim. —  Tia como esta minha filha? —  Demorou a responder, fiquei angustiada sem respostas, as lágrimas vieram, fechei meus olhos tentando impedir que caissem.

—  Acabei de lhe dá um pouco de mingau querida, se não alimentarmos acabará enfraquecendo e febre não cede, ela comeu pouco, mas comeu, e você como esta? —  Suspirei olhando em volta, como posso estar bem? Como posso ficar bem quando minha filha esta doente e o médico apenas receita paracetamol, dipirona para abaixar a febre, levo para o hospital não me dão um diagnótisco direto? — Aqui esta tudo bem tia, esta havendo algum evento lá fora tive como ligar para a senhora agora, Alice esta assistindo tv? 

—  Sim esta, arrastei para fora da cama, o tempo todo deitada não é bom, tenho que desligar Liz, alguém chama na porta. —  Sorri contente pelo menos saiu da cama. —  esta bem minha tia, obrigado. —  Nos despedimos, todos ainda estavam do lado de fora, a fofoca parecia ser boa, mas eu não tenho cabeça pra isso agora. 

A luz esta em atraso, a água, internet, Alice doente o tempo inteiro, o vale alimentação somente quando assinar a carteira, suspirei sentada na cadeira, o telefone começou a tocar atendi não apenas um vários deles. —  Não, lamento não posso dá esta informação senhor. —  Mal desliguei um outro ligou. —  Alô me transfira para o Lucas agora. —  A voz veio brava nem mesmo me deixou aprensentar. —  Senhor Lamento, mas no momento o senhor Tyler não pode falar.

—  Eu sei que não pode, estou ligando para impedi-lo de fazer esta besteira, ele vai acabar com minha vida de trabalho, menino tolo. —  Gritou desesperado. —  Infelizmente não posso ajuda-lo senhor. —  resmungou do outro lado, engoli em seco toda sua bravura. —  Claro que não pode, o que você poderia fazer? Vai ser demitida em breve, vamos perder a empresa.

Olhei para cima, pedindo a Deus para me dá paciência. —  Senhor infelizmente.... —  Gritou do outro. —  Você só sabe dizer que infelizmente mulher idiota? aí eu vou enfarta, Lucas... Lucas meu filho? Estou com dor, chame um médico, meu filho Lucas? 

Entrei em pânico, ao escuta-lo. —  Senhor? Senhor? Não desliga me passe seu endereço por favor, mandarei uma ambulância. —  O telefone deu estrondo, parecia cair, sair deseperada até que tive que soltar o aparelho, o fio não permitia ir mais  longe. —  gente... gente me ajudem um homem ligou aborrecido... —  As pessoas não se importavam com o que acontecia comigo, somente ao casal na frente.

—  É uma vida, gente alguém sabe que é o senhor Aloisio? Alguém conhece o Senhor Aloisio? —  Em vão, toquei, chamei indo no meio de todos, não me restava jeito, é uma vida, todos olhavam para a frente segui até a frente. —  Com lincença, com linçença. —  pedi aumentando o tom de voz, Amanda colocou a mão na cabeça na boca, ao ver. 

—  Oi gente! —  Dei um aceno meio trêmulo tentando me colocar entre os dois. O senhor Lucas meio sufocado me olhou com seus olhos verdes reprovativo. — O que esta fazendo sua louca? —  Perguntou entre dentes. —  Me despeça depois, agora eu preciso saber que é este homem. —  Lhe avisei tomando o microfone da mão da ruiva muito bonita. —  Já que eu perguntei, mas ninguém escutou, acredito que a fofoca seja mais importante hoje em dia do que salvar a vida de alguém, mas eu preciso saber quem é um homem chamado Aloisio gente, vocês podem me dizer quem é? Este homem acabou de ligar querendo falar com o senhor Lucas... —  todos me olhando surpresos, a senhora Ivone quase tendo um avc.

—  Sai dai Liz. —  Amanda gritou alto. —  Desculpa invadir aqui, mas voltando ao senhor Aloisio eu tenho que descobrir seu endereço, ele esta tendo um enfarto... 

—  O quê? —  Gritaram a meu lado, assenti olhando para o senhor Lucas. —  Sim, ele esta tendo um enfarto, apenas me digam seu endereço para que eu vá ou mande um socorro  com pressa, depois podem continuar com a exposição amorosa de vocês, é uma vida... —  Fui puxada pelo braço pela mão enorme no meu pulso. 

Bati no peito do homem forte e alto, o olhei de baixo sendo mais baixa que ele. —  O que acabou de dizer? —  A voz veio rouca, grave. —  Eu disse que ... — apontei para dentro. —  O senhor Aloisio estava ao telefone comigo, esta tendo um enfarto, o senhor conhece ele? —  passou a mão na cabeça nervoso me olhando. —  é meu pai! —  Arrotou em minha cara, apenas abri os olhos.

— Seu pai? —  Não respondeu saiu em seguida, olhei volta. —  Lucas... Lucas você sabe que é apenas mais uma cena. —  A ruiva gritou exasperada, lhe olhei correndo atrás dele, para ser totalmente ignorada, até que a senhora Ivone veio até mim. —  Parabéns novata, parece que conseguiu salvar a empresa. —  Neguei vendo seu sorriso vitorioso nos lábios. —  Não é isso senhora, o homem ao telefone está tendo um enfarto. —  Lhe seguir enquanto dispensava a imprensa, eles reclamando.

—  Poderiam pelo menos me dá o endereço do senhor Aloisio? —  Perguntei pela décima vez sendo ignorada por ela, coloquei as mãos nos quadris olhando em volta, quando a ruiva veio com tudo esbarrou em mim, ombro a ombro. —  Esta feliz? —  Neguei lhe olhando, a bela aparência se foi, ficando um rubor vermelho nas bochechas. —  Não senhorita Swton. 

Amanda me puxou pelo braço, continuei lhe olhando até que entrei na empresa. — Menina que coragem foi aquela? Eu sabia que você é capaz de tudo por Alice, mas não para nós salvar, quanto ele te ofereceu? —  Ergui as sobrancelhas lhe olhando. —  Quem? Quanto o quê? —  Perguntei lhe fazendo bufar. —  Oras Liz, você simplesmente conseguiu interromper a trasmissão do ano garota, quem foi que mandou você fazer aquilo? 

Neguei de pé. —  Ninguém mandou, o homem ao telefone realmente estava tendo um enfarto, eu escutei o baque do celular, quando o chamei ele... —  Gargalhou a minha frente. — E você fez tudo isso por causa de um desconhecido? —  Assenti lhe olhando. —  É uma vida, e eles só estava focados na fofoca. —  Sorriu me olhando. —  Tem razão de até hoje ainda esperar pelo cananha do seu ex Lizandra, qualquer um te engana fácil. 

Suspirei lhe olhando, todos voltando ao trabalho com sorrisos no rostos. — Não que me enganem fácil, mas o Marcos apenas ficou assustado Amanda, ele não tem ideia do quanto a nossa pequena é linda, é maravilhosa como uma fada. —  Negou vindo até mim, arrumou minha blusa e saia, jogou meus cabelos para trás. —  Com esse corpo, e rosto que tem, não com essa maquiagem borrada, mas até mesmo natural você consegue um pai muito melhor para Alice, sem ser este idiota.

Fiz o sinal da cruz pedindo proteção. —  Deus me livre, outro homem convivendo com a minha filha? Nunca, todos os dias ouço alguém no õnibus dizendo que algum padrastro ou tio, abusou de alguma criança. Se não for o Marcos, não será ninguém. —  Sorriu ajeitando a minha blusa, no final beijou a minha testa. —  Vá consertar essa maquiagem, Lizandra. —  Assenti.

Segui para o toalete com a minha bolsa, limpei meu rosto tirando toda a base, disfarcei apenas as olheiras no rosto, tirei o ar pesado de maquiagem, passei batom rosa na boca, retoquei o rímel, amarrei meus cabelos num rabo de cavalo deixando apenas dois cachos soltos, um em cada lado, me olhei no espelho ajustando a roupa. 

Sorri me olhando no espelho, tenho ainda um mês pela frente pra conseguir uma assinatura na carteira. Isso se o senhor Tyler não me demitir pessoalmente. Voltei a recepção recebendo um elogio de Amanda sorri fraco me sentindo acanhada por seu legal. —  Agora sim, temos Lizandra Alburqueque Fagundes a nossa heróina. —  Dei com a mão para que não me envergonhasse mais, sentei em minha cadeira atendendo o segundo toque do telefone. —  Empresa Luxos, Lizandra Albuquerque bom dia! 

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