03

Isadora narrando

Com o adiantamento que Carmem me deu dos 700 reais, eu consegui comprar os remédios de Lucas e também uma roupa de frio que ele precisava. Já que meu pai não se importava com nada, nada mesmo.

Estava saindo de casa para ir fazer a faxina na Dona Carmem, quando um oficial de juiz b**e palmas na frente da casa.

- Boa tarde - Digo saindo e indo em direção a ele.

- Preciso entregar isso e que você assine para mim - Ele diz me entregando o papel

- Oque é isso? - Pergunto para ele

- Por falta do pagamento da hipoteca a casa vai para leilão  - Ele diz e eu o encaro - Tem 20 dias para regularizar a situação que aí a casa não vai para leilão,  é só entrar nesse endereço.

- Obrigada - Eu digo assinando o papel, eu encarava o papel na minha mão depois e não estava aacreditando.

Se a casa fosse a leilão para onde eu iria com Lucas?  Eu não tinha parente nenhum próximo que eu saiba, eu iria estar na rua com uma criança pequena.

-

Estava limpando o chão da entrada casa quando me b**e uma tontura e uma dor no estômago, deveria ser fome , eu não me alimentava direito fazia muitos dias , apenas comia o que sobrava , já que eu precisava alimentar o meu irmão. Acabo sentando na escada que dava para a entrada da casa , e quando estava perdendo os sentidos, escuto alguém me acudir.

- Você está bem? - Dona Carmem diz assim que abro meus olhos e vejo que estou em algum dos quartos deitada.

- Sim , foi só um mal estar - Digo para ela .

- Tem certeza?  - Escuto a voz do amigo do Henrique o tal Diogo - Se eu não tinha chegado na hora você tinha rolado escada a baixo .

- Sim tenho  - Digo sentando - Foi só do calor - Eu falo e eles me olham.

- Mas está 14 graus - Dona Carmem diz

- Esta tudo bem - Eu digo me levantando - Eu preciso terminar de limpar e tenho que buscar meu irmão.

- Isadora - Dona Carmem diz - Você está liberada pode ir para a casa - Ela diz me entregando o dinheiro da faxina e eu nego com a cabeça  - Pode pegar, depois você termina.

- Obrigada - Eu digo assentindo,  e pego o dinheiro sem conferir e coloco no bolso.

Eu ainda estava um pouco tonta então sai meio que me escorando nas coisas , minha barriga roncava muito de fome.

- Deixa eu te levar para casa - Diogo diz

- Não precisa - Eu digo tentando sorrir para ele

- Olha o seu estado  - Ele diz parando na minha frente  - Vem eu te ajudo. - Ele diz é eu acabo assentindo eu sabia que não iria conseguir ir pegar Lucas e depois ir para casa do estado que eu estava.

Ele para na frente de um café e desci, e abre a porta para que eu consiga descer também.

- Vem, vamos comer algo - Ele diz - Você deve está com fome.

Eu acabo cedendo , eu tinha algum dinheiro,  eu precisava comer algo, eu estava bastante fraca e com muita fome.

- Boa tarde , qual vai ser o pedido de vocês?  - a garçonete pergunta.

- Vou querer dois sanduíches naturais e dois sucos de laranja,  e dois pedaços de bolo - ele diz - Você gosta disso?

- Sim , mas é que  - eu tento falar mas ele me corta

- é isso - ele diz para garçonete que assente e vai levar nossos pedidos para dentro - Fica tranquila você é minha convidada.

Ele diz e eu apenas assinto, esse lugar sempre pareceu bem caro então eu nunca entrei aqui.

Nossos pedidos chegaram , e começamos a comer , o sanduíche era enorme, olhei para a comanda e vi que cada sanduíche custava 17,00 reais, ainda que ele disse que iria pagar , porque não iria ter dinheiro para isso .

- Você sabe que Henrique gostou muito de você  - ele diz e eu o encaro.

- Não entendi - Eu digo para ele me fazendo de desentendida.

- Eu sei que você precisa de dinheiro, e eu posso te ajudar - ele diz - Eu sei que a sua casa vai à leilão, seu irmão precisa de um tratamento caro.

- o que você quer dizer com isso? - Digo cruzando os braços.

- Henrique pode pagar tudo isso para você,  basta você querer  - ele fala e euuu arregalo os olhos para ele - É só você ser apenas dele.

Eu não acredito no que eu estava houvindo, o que ele estava me oferecendo, em momento nenhum na minha vida eu iria imaginar recebendo uma proposta dessa, imagina o desgosto que eu daria para para a minha mãe.

- Não,  obrigada  . - Digo para ele que me encarava sério.

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