Capítulo 1

Alice estava saindo de casa para encontrar sua mãe no final da tarde no centro da cidade quando seu noivo Luiz Alfredo chegou para convidá-la para jantar com sua família.

- Boa tarde minha flor! Se soubesse que iria sair não teria vindo atrapalhar você.

- Não está me atrapalhando, apenas não poderei dar a tenção para  você, não quero que minha fique me esperando.

- Eu levo você e depois irei embora.

- Podemos marcar de jantar outra noite. O que acha?

- Com certeza. O erro foi meu de deixar para convidar em cima da hora.

Alfredo a levou até a esquina do centro para não pegar movimento.

- Quer que espere as duas para leva-las para casa?

- Não precisa! Iremos demorar um pouco.

- Está certo. Nos vemos no fim de semana!

- Claro! Até mais. Volte com cuidado para casa!

A doce Alice estampa em seu rosto um lindo sorriso inocente que brilha junto com seus olhos marrons que despertam os desejos mais obscuros dos homens. Seus longos e escuros cabelos ondulados provocam os sentidos mais profundos. Sua pele exala um frescor de manhã de primavera. Conhecida por sua simpatia e bondade, causa inveja por onde passa.

Ela correu para chegar mais rápido, quando avistou sua mãe, Mercedes, uma senhora viúva, adorada por todos, encontrou Alice com apenas quatro anos, perdida na praça do seu bairro, foi quando descobriu que poderia ter uma família completa até seu marido, Monolo, ser brutalmente assassinado, deixando assim as duas desamparadas forçando Mercedes a trabalhar na grande e poderosa refinaria de destilados “Los Puentes”!

Chegou dando um beijo na amada senhorinha com pouco mais de 1,50 de altura.

- Mãe. Posso comprar mortadela hoje? Recebi um bônus na floricultura hoje. – Puxando o dinheiro da bolsinha amarela que carregava.

- Guarde isso, menina! – Disse Mercedes empurrando o dinheiro de volta para dentro da bolsa. – Você merece, claro que pode comprar.

Alice estava muito feliz com o dinheiro que havia ganhado para fazer um arranjo de flores especial para o aniversário da esposa do prefeito.

- Precisava ver, mãe! Ele era muito grande. Assim! – Abriu os braços batendo sem querer em uma senhora que estava passando. – Desculpa!

A senhora sorriu. – Não foi nada, querida!

Seu jeito infantil às vezes não condizia com seus vinte e três anos. As duas voltaram para casa cheia de sacolas. Desceram do táxi, Mercedes largou sua sacola no chão para abrir a porta, quando pegou novamente a sacola se rasgou.

- Deixa que eu junto, mãe! Vai adiantando nossa comida.

Alice entrou, largou as sacolas na mesa da cozinha para voltar e juntar as coisas do chão, levou consigo uma bacia para por tudo dentro. Voltou abraçada na bacia, largou-a na mesa e começou a guardar o que não seria utilizado na comida. Estava terminando de guardar.

- Deixe isso para depois, minha filha... A comida está pronta, vamos jantar!

- Sim senhora.

Ela rapidamente pegou os pratos no armário entregando um para sua mãe. As duas se serviram e sentaram para comer enquanto conversavam.

- O Luiz Alfredo saiu mais cedo hoje do trabalho.

- Eu sei, ele veio aqui me convidar para ir jantar com a família dele.

- E por que não você foi?

- Eu havia combinado com a senhora de comprarmos as coisas hoje. Não iria deixá-la na mão!

- Mas poderíamos ter ido amanhã.

- Agora é tarde. E eu não queria deixar para outro dia.

- Mas minha filha, ele é tão bom!

- Deixa para o fim de semana! Assim teremos mais tempo para fazer as coisas.

- Vou tomar um banho e ir deitar, você arruma a cozinha para mim?

- Arrumo sim, mãe! Pode ir descansar.

Alice ficou ajeitando as coisas e pensando sobre muitas coisas, uma delas era em seu casamento.

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