CAPÍTULO VII

Beatrice se trancou no quarto pelo resto do dia. Aproveitou para terminar a costura que estava fazendo. Como suas anáguas eram amplas e volumosas, resolveu usar todo aquele tecido para fazer um vestido mais simples e  fresco, para usar nos dias de intenso calor.

O crepe chinês e as rendas de suas anáguas, acabaram por dar um charme todo especial ao vestido que cosia. Com a ajuda de Anastácia e os  conhecimentos de bordado que adquirira graças a persistência de sua mãe, a qual, vivia repetindo que uma verdadeira dama tinha obrigação de saber bordar. Cortaram e montaram o vestido, agora Beatrice estava terminando os enfeites de renda no decote.

Tomou um banho demorado e refrescante, saiu da banheira e começou a se enxugar. Passou a estudar o reflexo de seu corpo nu, no espelho. O olhar foi atraído para os seios redondos e firmes, para a pele muito branca e sedosa, para os contornos suaves dos quadris... Uma estranha sensação nasceu em seu ventre, ao se lembrar do beijo
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