Capítulo 03

Estelar do Sul

Enquanto no momento Alana Forgari tenta superar a casa destruída e a morte do pai, o príncipe Nathan Velásquez presencia a crueldade do pai na preparação de um ataque à Montelite.

No reino de Estelar do sul,Victor Lolembergh está a pensar em como deve ser a morte. Seus pés calçados com botas escuras enlameadas de barro, sujam o chão de madeira da casa.Encontra-se rodeado de cadeiras cobertas com pele de carneiro e muitos espelhos nas paredes, de modo que para qualquer direção que você virasse, veria o reflexo de si mesmo em um deles.

Victor L é um filho de Hades, o Deus grego dos mortos. Ao menos é abençoado por ele, como costuma sempre dizer.

Em Estelar do Sul as coisas costumam ser sempre mais pacíficas. Lá o sol reina todos os dias, com uma ausência de tempestade, guerras ou conflitos sangrentos.

Com suas roupas escuras e o cabelo negro caindo à frente dos olhos mais negros ainda como os de um demônio, ele não parece uma figura que exalta lugares ensolarados para viver. Por isso tratara com a namorada de irem embora para Montelite, um dos reinos mais escuros e infelizes da região das montanhas.

-Seria um bom lugar para nós dois, Sophia.- ele diz tentando convencê-la.

Sua namorada observa o rio, escorada no pilar da porta de madeira velha, com um coelho branco nos braços. Permanece em silêncio, ouvindo atenta as palavras do companheiro.

-Não gosto de lugares escuros e sangrentos, Victor – diz por fim- Você sabe.

Ele dá três passos e se aproxima mais um pouco.

-E eu detesto lugares claros e vivos- fala um tanto deprimido, percebendo o quão sua opinião é diferente da mulher que ama.

Ela ri, olhando para ele. Seus olhos castanhos brilhantes eram docemente alegres e cheios de vida e calor.

-Às vezes penso que é um vampiro- sorri mais uma vez.

Os dois eram muito diferentes um do outro. Ele, filho das trevas e escuridão, digno de seu pai Hades. Ela era uma elfa,abençoada pelo Deus do sol, Apolo. As vestes douradas, o cabelo claro, longo e em uma cascata de cachos e sua pele bronzeada mostrava à qualquer um a vida transbordava dentro dela como luzes de ouro que jamais se apagavam.

Victor é quase um depressivo, invocador de mortos. No interior de seu coração não existe nada além de escuridão e trevas. Exceto um ponto luminoso, seu amor por Sophia. Talvez esta seja a única claridade existente dentro de si.

Em uma das paredes jazia um espelho quebrado, o maior de todos os que se encontravam ali refletindo ao redor do ambiente. Bem, de certa forma não estava quebrado. Trincado, como se uma pedra o tivesse atingido com uma força um tanto calculada para não quebrá-lo de vez por inteiro. Parecia nunca ter sido arredado para fazer uma limpeza, tanto que se era possível escutar os ruídos de morcegos que moravam ali atrás.

Victor sabia que não conseguiria de Sophia um “sim” para irem os dois embora daquele lugar.

-O que quer em meio ao caos e destruição?- ela retoma após longos minutos em silêncio.

O rapaz permanece quieto. Não queria forçá-lo a sair de um lugar de onde ela não queria sair.

Sophia tornou a observá-lo, diante da sua reação isenta de palavras.

-O vento- diz Victor ao escutar o barulho frenético das folhas das árvores movimentando-se.

Sua amada era uma amante do vento.Costumava inclusive subir em árvores para poder sentir melhor a presença gostosa do vento em seus cabelos e adentrando suas roupas leves.

Ela olha mais uma vez para o rio mansinho e sem dirigir-se para Victor, repete:

-O vento.

Falavam sobre o vento com frequência, deitados em redes artesanais nos fundos da grande casa de madeira.

Uma casa de dois andares, à beira do rio. Uma escada decorada com galhos de roseira levava para o alto quem desejasse subir para a sacada. As grandes janelas com parapeitos cobertos por muitas flores das mais variadas cores e espécies.

Construída a mais ou menos cinquenta anos por Sophia, com a ajuda de outros elfos na época da colheita de maçãs. Um lugar delicado,cheio de vida como ela, mas totalmente o oposto de Victor, que por ele viveria até mesmo em uma caverna. Quanto mais escura e sombria esta fosse, melhor.

-Sinto um forte convite do caos e destruição- revela ele

-A morte- Sophia replica –Quem te convida é a morte, príncipe das trevas.

Ela o chamava assim sempre que sentia algo ruim que outrora estivesse por vir.

-Venha cá- ele a chama fazendo sinal para que se sente em uma das cadeiras forradas por pele de carneiro.

Ela se afasta da porta e põe o coelho branco que segura nos braços em uma cesta de vime

decorada com rosas amarelas de seu próprio jardim. Se dirige até a cadeira de forma delicada, ajeitando o vestido longo para que cubra suas pernas.

-Olhe – Victor se ajoelha perante Sophia e segura suas mãos, infiltrando o olhar demoníaco nos olhos estrelados dela. –Eu sinto muito por sermos assim tão diferentes um do outro. Enquanto você explode em luz e delicadeza, eu sou uma tempestade de escuridão e tristeza. Mas o que esperava de um filho das trevas? Me diga.

Sophia salvara Victor três anos atrás, ferido na mata. Um lobo lhe havia mordido na perna, igual ele ainda pôde lhe decepar a cabeça com um facão.

-Três anos antes

A elfa caminhava ruidosamente em meio as folhas salpicadas de finas luzes solares. Estava cansada por caminhar à tanto tempo sem encontrar caça. Seu objetivo era capturar um veado campestre, que a tempos destruía as plantas de seu jardim. Mas naquele dia nada  cruzava seu caminho.

Não tardou muito para que ela avistasse um vulto escuro caminhando lentamente na sua direção, parecendo estar ferido. Ela então esconde-se atrás de uma árvore espinhenta ferindo-se acidentalmente em pequenos arranhões. Sophia murmura uma praga na língua de seu povo fazendo plantinhas ao seu redor transformarem-se em cinzas negras.

-Perdão mãe natureza.- ela olha para o céu cuja visão era um tanto atrapalhada por galhos de árvores.- Esta praga foi para os arranhões.

Logo ela espia quem está cada vez mais próximo. Um vento gelado corria no interior da floresta apesar do dia ensolarado. Havia sombra.

A figura trajada em roupas pretas chega, de uma forma incoveniente, logo não conseguiria mais prosseguir.

A elfa observa, um tanto temerosa de que possa ser um dos Cavaleiros Negros, um grupo poderoso de assassinos a sangue frio. Costumavam vestirem-se de preto. Totalmente.

-Ah,,Deuses- resmunga para si, percebendo o quão ferido o indivíduo está, porém receosa de se aproximar.

Mais alguns instantes se passam até que a figura sombria se deite nas raízes de uma árvore, era evidente que estava exausto.

O ferimento o estava deixando cansado. Sophia o analisa enquanto ele põe a mão na perna e esta parece ensanguentada diante de seus olhos.

Ela retira de uma aljava um arco rústico, detalhado em couro, logo após apanha uma flecha farpada.

“ Se for um dos Cavaleiros Negros, uma flecha dessas infiltrada no seu coração deverá resolver,” pensa.

Antes de se aproximar ela observa a flecha mais uma vez. Chegando mais perto, apodera-se da visão do rosto pálido do rapaz, analisando seu cabelo negro sedoso caído à frente das sobrancelhas.

-Me mate logo para me poupar desse sofrimento- ele diz fitando o rosto da jovem elfa.

Ela lhe mira a arma.

-De quem se trata?- ela pergunta, erguendo uma das finas sobrancelhas.

Ele tarda a responder, com expressão facial dolorosa.

-Sou Victor, um filho do rei das trevas.

Sophia entende as vestes negras, o jeito estranho, o olhar escurecido e a pele pálida, típica dos primogênitos de Hades. 

-Não sou a favor deste tipo de deleite. Quero dizer...de matar alguém indefeso e enfermo.                      

As memórias de guerras sangrentas e batalhas milenares estavam gravadas em brasa na mente daquela criatura mágica exoticamente bela.

-Não estou indefeso- Victor lhe retruca, como se o que ela lhe acabara de dizer fosse uma infâmia.

A elfa nota como a pele das mãos dos semideus é opaca e acinzentada, como a de um cadáver recém ressuscitado.

Percebe a forma de como ele tentava adornar seu rosto branquíssimo e jovem com o capuz surrado.

-Permita-me chegar perto de ti, filho das trevas?

Nada mais poderia ser pior para Victor do que a situação que enfrentava. Aquela moça lhe parecia ingênua e doce demais para lhe fazer algum mal,embora a flecha em sua mãos fosse questionável. O mal pode ter várias faces.

Ela entende que seu olhar é um “ sim”.

Afastando suas roupas do local ferido, analisa com cautela a mordida que levara na perna.Estava feio,já inflamando. Realmente não iria muito longe, com certeza viria a óbito por uma infecção. Mas bastou algumas palavras e rituais para que o ferimento se transformasse em uma cicatriz. Era quase impossível de enxergá-la. Sophia busca na bolsa de seda um frasco que abriga um líquido azulado em seu interior. Após algumas gotejadas, nem mesmo a pequena cicatriz continuou ali.

-Ele me mordeu um pouco longe daqui, à uns dois dias atrás. Venho caminhando. – ele conta enquanto ela acaba sua cura.- Eram vários lobos, o restante acho que... foi em disparada na caça de algum animal selvagem. Mas aquele dia não. Aquele estava a fim de lutar, desgraçado. Bem,faltou centímetros para que abocanhasse meu pescoço.

Sophia respira fundo absorvendo as palavras dele e suas más energias.

-Está tudo bem agora. Tive uma visão de como tudo aconteceu.

Houve uma pausa de silêncio constrangedor entre os dois.

-Suas orelhas- Victor percebe.

A tão surreal Sophia retira um espelho da mesma bolsa que apanhara o frasco, logo o objeto reflete seu par de orelhas ligeiramente pontudas e delicadas.

-Qualquer criatura em estado mental saudável deveria notar que não sou humana. E agradeço por isso- ela sorri.

-Me desculpe – ele pede – Só percebi agora que é uma elfa. – ele se ajeita para se aproximar mais dela a fim de vê-la de modo mais claro e nítido. Talvez sua visão ainda estivesse turva pelo cansaço. – Mas nunca jamais nessa minha vida miserável eu vi uma criatura como você, tão de perto assim.- parecia maravilhado, uma expressão que ninguém nunca vira em seu rosto triste e melancólico.

Realmente,os elfos costumam ser extremamente belos, como pinturas muito bem executadas.E assim, desta forma e naquele dia citado, que os destinos de Victor e Sophia cruzaram-se para sempre. Ou não?

-Não precisa sentir por nada – ela esclarece, não vendo como um problema as suas diferenças. Ainda estava sentada na cadeira. – Igual, fomos feitos para ficarmos juntos eternamente. Quando morrer eu o farei que viva mais uma vez para mim. Meu príncipe das trevas.

Sophia de fato era imortal, a menos que atentassem contra sua vida ou viesse a óbito em uma batalha. Mas sua sorte era válida demais , tal façanha desastrosa jamais lhe ocorrera. Por vezes, a morte passou perto, mas nunca chegou ao fim.

Desde que ela havia o ajudado, ele prometeu à ela que ficaria somente uma noite em sua casa, mas o tempo passou e, ajudando um ao outro, passaram-se três anos.

Três anos que Victor não foi capaz de tocá-la de uma forma mais audaciosa, além de beijos e abraços de conforto. Tinham um amor puro e inocente, sem ele ter nunca tentado nada que Sophia não quisesse.Além de ser uma bela e delicada elfa, era um donzela.E Victor respeitava isso, não se deixava levar por suas vontades.

Era bonito ver os dois juntos, tão diferentes e ao mesmo tempo tão complexos entre si.

Ali, naquela casa rústica de campo à beira da floresta, tão imensa e rodeada de jardins, com suas janelas largas, vasos de barro com jasmins por todos os cantos e as paredes do seu interior da sala principal coberta de espelhos. Bem ali, onde os quadros abrigavam mapas de guerras milenares feitos à mão, onde haviam coleções de arcos enfeitando os cômodos,um ambiente aparentemente doce e prazeroso, aconteceria o pior crime que o povo de Estelar do Sul viesse a saber.   

(Carta de Victor Lolembergh para o pai Hades)

   Hades,

Saudações meu pai ( perdão se for para ti uma ofensa chamá-lo assim). Sei que é o Deus dos mortos e justamente por isso, quero contar-lhe o que aconteceu à dois dias. Bem, já deve estar a par, mas não em detalhes.

Talvez eu devesse nem estar já relatando isso, mas a dor me explode no interior do peito e se não arrancar tudo isso de mim, em breve irei morrer pelas minhas próprias mãos.

Pai, eu sei que talvez isto nem te importe, mas sinceramente digo que não tenho mais em  quem confiar. Assim aconteceu:

Eu estava conversando com Sophia ( a elfa com quem vivi durante três anos e pela qual me apaixonei) na sala da sua casa, relembrando o momento em que ela me salvara de morrer com uma infecção pela mordida de um lobo selvagem. Eu posso jurar-lhe por todas as almas do seu inferno, que não sei quem à matou. Deve saber? É um Deus. Sei que sabe tudo o que acontece.

Sim, morta.

Após nossa conversa, ela disse que ficaria arrumando algumas cortinas no quarto, onde havia um artesanato no qual ela vinha trabalhando `a vários dias.A deixei fazendo isto, sabia que a satisfazia.

Em um breve momento que fiquei ali mesmo, na porta, observando o lago e as fadas brincando nas flores dos jardins, ela ficara no quarto. Não havia ninguém ali além dela e eu. Assim eu pensei, acreditei até ouvir seu grito.

Um grito de dor cortou o silêncio do ambiente,até mesmo os seres mágicos ali pararam a folia preocupados,voaram até minha cabeça puxando meus cabelos para que eu fosse logo ver o motivo. Sophia não costumava gritar por ver insetos, afinal ela já pertencia à natureza. A única vez que gritou,foi quando seu cavalo saiu em disparada com ela sobre si. Mas eram gritos de medo em meio à risos de felicidade.

Meu senhor, não podia abrir a porta do quarto! Estava trancada, ,mas eu sabia que antes não estava. Tentei rompê-la de uma forma inútil, suava e batia em minha própria cabeça por ser tão idiota e incapaz de salvar a vida dela. Podia escutar seus gritos, ouvia também barulhos estranhos de faca que se afundavam a lâmina em seu corpo. Queria abrir,mas a tranca havia sido muito bem posta do lado oposto.

Quando puxava a porta, era como se do outro lado, alguém à puxasse. Era como uma força magnética, que aos solavancos me fazia pensar que havia muitos ali dentro à fazendo mal. Chamei por ela em meio aos seus gritos, percebi que tentava dizer meu nome mas sempre era interrompida por algo. Nem mesmo seus pedidos de socorro eram ditos de forma clara. Parecia que estavam colocando algo em sua boca para que não falasse comigo, para que eu não entendesse o que ela queria me dizer.

Lembrei bem de sua voz alguns minutos antes:

“ Quando morrer eu o farei que viva mais uma vez para mim. Meu príncipe das trevas”

Foram atordoantes minutos de dor e desespero dentro daquele cômodo. Eu sabia que ela sentia muita dor, gritava como se suas vísceras estivessem sendo arrancadas para fora.

Depois, tudo ficou em silêncio. Eu suava e inclusive fui para fora, com uma escada de mogno tentei muito abrir a janela ao alto, porém esta não abria, como se a “coisa” que a estava atacando pudesse segurar com tamanha força a porta e a janela também, ao mesmo tempo.

Sei que quando voltei para dentro, forcei a porta novamente, as mãos já doíam pela força que fazia. Nunca me encontrei em tanto desespero, pai.

Um tempo depois a porta abriu-se como se nunca houvesse sido trancada. A força anormal não estava mais ali. Tinha receio do que veria naquele quarto. Entrei rápido, estava escuro . Então correndo na direção da janela, tropeçando em algumas coisas, a abri. Uma faixa de luz solar inundou o quarto, mostrando para mim a imagem de Sophia pregada na parede. Eu era quase incapaz de me aproximar, vendo seus olhos abertos cheios de pavor, congelados. No fundo mesmo sem querer acreditar, eu sabia que embora abertos, eram olhos mortos. Não havia sangue em seu corpo,apenas nas pontas dos longos cabelos cacheados. Seus olhos vidrados pareciam focados em mim. Me aproximei depressa e mesmo sem quase eu mesmo notar lágrimas já escorriam. Pai, eu a amo. O meu coração sombrio e miserável ama uma mulher morta. Um cadáver. O qual eu jamais eu veria sorrir mais uma vez.

A tirei dali tomando -a em meus braços. Passei a mão em seu rosto, sobre seus olhos e os fechei. Queria entender o que estava acontecendo. Retirei com tamanho cuidado seu vestido onde se escondia seu peito. Nada, nenhum ferimento, absolutamente nada. Havia sangue seco em seus cabelos e escorria também pelos cantos da boca. Precisava ver se ela estava ferida. Pus seu corpo sobre a cama e com extremo cuidado e agonia despi sua barriga, as costas, as pernas. Mas não havia nenhum ferimento. Era como se uma descarga elétrica a tivesse matado. Me pus em completo pavor ainda quando seu corpo levitou no ar, os cabelos caíram sobre os ombros e foram soltos. Parecia estar dormindo, tão bonita e doce como sempre fora. Exceto o sangue nos lábios que quebrava esta imagem. Notei que abriu os olhos novamente como se estivesse acordando de um sono. Pus a mão em seu rosto mas imediatamente afastei sentindo uma onda de dor sobre a pele assim que a toquei. Seus olhos eram de um castanho brilhante, diferente. Falei com ela,não me respondia. Até que disse, com a voz que era a dela, porém cansada e fria ( como eu jamais a vira falar):

“Eu não queria ir, meu príncipe das sombras. Eu não queria e...”

Seus olhos fecharam tão rapidamente, eu não tive tempo de saber quem fizera aquilo.    

Somente após que vasculhei para ver se havia ferimentos, notei seus pulsos cortados, escorrendo sangue ainda fresco. Sua boca se abriu e uma fina névoa prateada exalou-se. Era seu espírito de elfa. O espírito nobre de sua raça. Então evaporou-se e seu corpo despencou sobre a cama.

Hoje, meu pai Hades...estou preso. Quando tentei avisar o povo de Sophia sobre a morte, acabaram me encurralando, acusando à mim de tê-la assassinado.

Por favor pai, nessas trevas do teu mundo me dê uma luz. Eu serei morto aqui por algo que não fiz. Me responda dando sequer um sinal. O senhor sabe que eu não a matei, não sabe? Eu suplico, esta já é a quarta epístola que mando para o senhor inutilmente.

Victor Lolembergh”

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