Capítulo-1- Harley

Pov- Harley.

Harley- Perca de tempo , a única coisa que está passando na minha cabeça nesse exato segundo é a perca de tempo, mas antes de começar a contar o que aconteceu no presente, primeiro devem saber do passado.

O meu nome é Harley Denvers, sou filha de um casal que nasceram em Nova York foi criada na maior cidade dos Estados Unidos na minha opinião é claro, minha mãe sempre fez de tudo para que eu pudesse ser a garota mais educada e Gentil do mundo enquanto o meu pai não passava de um apostador e por isso ele acaba perdendo tudo que a gente lutava para conseguir dentro de casa.

Eu me lembro que eu ganhava algumas coisas na escola quando eu era criança e levava para casa para que a minha mãe e eu pudesse ter o que comer , pois o meu pai gostava todo dinheiro que ela tentava esconder para pagar as contas e principalmente para fazer as compras do mês, então eu me lembro que eu cheguei uma vez em casa com uma barra de chocolate nas mãos, eu havia ganhado do meu pai na rua mas eu não me lembrava do porque ele tinha me dado aquele chocolate , Minha mãe estava ajoelhada no chão enquanto chorava e eu era apenas uma criança de seis anos de idade que não fazia a menor ideia do que estava acontecendo até que eu vi ela falando no telefone com uma amiga dizendo que meu pai havia roubado o dinheiro dela.

Me lembre de jogar o chocolate fora e quando eu cheguei até a minha mãe, ela me pegou e me colocou no colo limpando meu rosto do resto do chocolate que estava surgindo a minha pele, ela olhou para o meu rosto e pude ver as lágrimas ou o resquício delas ainda marcando rosto, minha mãe sorriu na minha direção e me deu um abraço apertado, eu só tinha seis anos de idade mas não sabia que essa seria a última vez que minha mãe me dava um abraço.

Descobrimos no dia seguinte quando a minha mãe acabou desmaiando no trabalho que ela tinha câncer no colo do útero, já era um câncer maligno e não tinha cura minha mãe morreu uma semana depois fazendo com que eu pudesse ser criada pelo meu pai, eu tinha que sobreviver com o que ele podia trazer aos poucos para casa mas a maior parte da minha vida eu me lembro de me esconder debaixo da cama com medo dos cobradores das dívidas que ele tinha, durante a madrugada eu acordei ouvindo gritos e quando percebi que outros homens estavam dentro de casa, eu corri para debaixo da cama e minhas com, Me lembro deles entrarem no meu quarto procurando por mim mas eu não estava ali, levaram a televisão com a minha mãe tinha conseguido comprar e levaram também algumas das minhas roupas.

Quando finalmente completei 17 anos de idade já estava trabalhando de babá para os vizinhos então, fui colocando o dinheiro no banco e não contei para o meu pai sobre esse fato, eu menti dizendo para ele que havia conseguido uma bolsa de estudos na faculdade que na verdade eu estava pagando e com muito esforço eu consegui me formar em medicina veterinária, mas quando eu estava tentando abrir a minha clínica, outros homens vieram atrás de mim dizendo que meu pai estava morto e que eu deveria pagar suas dívidas.

Foi a pior notícia que eu receber naquele momento, não o fato do meu pai está morto porque ele já fez isso antes para tentar escapar de suas dívidas, mas sim o fato de que ele estava tentando fazer com que eu pudesse pagar suas próprias dívidas de tudo que ele fez, eu ainda estava me perguntando, como um homem, um médico renomado em Nova Iorque podia fazer isso com a própria filha? Todo o dinheiro que eu tinha para conseguir abrir a minha clínica teve que ser retirado da minha conta aí pagado aqueles homens sendo que eu não tinha nem metade do valor que aqueles homens estavam pedindo então a única chance que eu encontrei foi de alugar um apartamento muito longe de Nova York, então eu perguntei para o Texas, morar no Kansas não vai ser uma coisa muito ruim até porque eu gostava de lugares mas afastados, pelo menos assim eu tinha certeza absoluta de que ninguém iria tentar fazer qualquer coisa para me prejudicar, mas agora pelo fato de que eu preciso de uma renda, vou precisar fazer de tudo para conseguir abrir a minha clínica, a única coisa que me restou foi o carro do meu pai, claramente eu não vou ficar com ele até porque eu tenho certeza absoluta de que aqueles homens vão voltar para tentar buscá-lo, mas é uma vida nova que eu tenho o prazer de tentar.

Eu sei também que vou estar segura com o fato de que o meu pai não vai saber onde eu estou e portanto ele não vai vir até mim, eu não tenho certeza absoluta de que ele está vivo mas se ele já tentou forjar sua própria morte uma vez Então obviamente vai fazer isso outra vez, a única coisa que eu tenho que fazer arrumar um jeito dele não me achar de novo, eu estava melhor estando sozinha porque assim eu poderia seguir com a minha vida, criar uma família e tentar pelo menos esquecer tudo o que ele fez.

Agora eu estava aqui olhando para o pequeno prédio que eu vou morar durante alguns meses pelo menos, eu paguei adiantado alguns meses para que eu pudesse conseguir dinheiro suficiente para continuar pagando pelo menos assim eu queria certeza absoluta de que tinha um lugar para ficar, eu sou um tipo de pessoa que mesmo que esteja feliz ainda tenho um olhar triste, eu acho que isso já é de natureza mas muitas pessoas dizendo que eu fiquei assim depois da morte da minha mãe, parece que minha alma Não sorria mais.

Respirei profundamente acreditando que na manhã seguinte vai dar tudo certo, a única coisa que eu vou ter que fazer eu no banco conseguir um pouco de dinheiro para abrir a minha clínica e logo a seguir a começar a pagar a hipoteca da clínica e meu aluguel , pelo menos nessa cidade eu vou conseguir ser feliz ou era isso que eu estava tentando acreditar, por causa do meu pai Eu nunca mais vou poder voltar para Nova York e visitar o túmulo da minha mãe mas eu juro que vou fazer qualquer coisa para saber onde ele está, ele vai pagar por tudo que aconteceu.

Então eu peguei a minha malas segurando no meu ombro e logo em seguida caminha para dentro do prédio, ele era antigo mas eu tinha certeza absoluta de que dava para o gasto, comecei a subir as escadas olhando para todos os lados sobre as paredes estavam muito bem limpas mas assim que eu cheguei no segundo andar, acabei ouvindo o vizinho e a vizinha discutindo, no corredor eu podia ouvir os gritos então eu respirei profundamente passando a mão pelos cabelos, eu tinha certeza absoluta de que nem todos os lugares iriam ser perfeitos, mas então eu dei de ombros e seguir para o meu apartamento de número 25, era o número que minha mãe gostava aí também pelo menos eu podia me lembrar dela.

Peguei a chave que estava no meu bolso de trás e coloquei na fechadura girando sem pensar duas vezes, quando entrei no cômodo, pude ver que era bem pequeno mas ia dar para o gasto, eu era uma pessoa sozinha então eu não iria precisar de um lugar maior, a única coisa que eu vou fazer nesse exato momento aí pelo menos arrumar as minhas coisas, coloquei a minha mala em cima do sofá antes de trancar a porta atrás de mim e logo em seguida fui até a porta mas o dever quando o vizinho acabou abrindo a porta, ele parecia estar bêbado então eu tranquei a minha porta antes mesmo que ele pudesse olhar para mim.

Depois que passei o trinco na porta foi para o banheiro onde eu olhei para o espelho, meu olhar estava exatamente do mesmo jeito desde quando eu enterrei a minha mãe, não tinha brilho nenhum, não tinha nem um pingo de felicidade e principalmente, não tinha um pingo de amor, levantei a minha mão para quando meu rosto não chegando nenhuma beleza ali, eu aprendi a desgostar da minha aparência e do meu gosto, Eu odiava o que eu era e não gostava do que estava vendo no espelho, mas tudo isso pelo fato de se parecer tanto com o meu pai, ele era um homem negro, muito bonito por sinal, minha mãe era uma mulher clara e de olhos claros mas eu nasci exatamente da mesma forma em que o meu pai, a única coisa que eu podia herdar da minha mãe foi as poucas sardas que tinha no meu rosto, elas eram a única lembrança que eu tinha da minha mãe.

Harley- E você ainda deixou o que Ele pudesse me dar o nome de um personagem de desenho - minha mãe me contou quando eu era criança aqui com meu pai era apaixonado por todos os desenhos do Batman e ficou muito triste quando soube que iria ter uma menina, mas arrumou uma forma de contornar isso e colocou o meu nome como Harley, fiquei muito feliz pelo fato dele não ter colocado o nome inteiro da Arlequina em mim, o meu nome era para ser Harley Francis Denvers , Ainda bem que a minha mãe não deixou que ele pudesse colocar esse segundo nome, já era vergonha o suficiente dele o nome da Arlequina porque na escola todas as crianças ficavam me perguntando onde estava o coringa? Eu sei que pode ser divertido lembrar do passado e tentar achar algum tipo de graça, mas naquele momento a única coisa que eu tava pensando era no que podia comer porque estava com fome, meu pai tirava tudo que tinha de dentro de casa e fazia com que eu e minha mãe pudéssemos passar fome, eu não achava graça no meu nome e nunca achei graça, até hoje algumas pessoas acabam sorrindo quando percebem que o meu nome tem alguma coisa a ver com historinhas em quadrinho.

Olhei para os lados vendo que pelo menos tu estava ali um pouco era muito bom então eu fui para cozinha percebendo que a geladeira obviamente estava vazia, peguei uma bolsa de lado antes de sair do apartamento e trancar a porta atrás de mim, passei direto pela porta da vizinha ouvindo os gritos do outro lado eu tenho que admitir que não iria me acostumar com você os gritos na minha cabeça o tempo todo porque eu era uma pessoa que gostava muito de silêncio, eu acho que era a forma que eu tinha para me manter calma depois de tudo que aconteceu, mas o tempo é que eu tinha pensando em tudo que aconteceu com o meu pai, me deixar nervosa cada segundo porque eu não queria ter ficar devendo algo que eu não fiz.

Eu acabei encontrando um pequeno mercadinho na esquina, à noite já estava começando a cair o que me fez andar rápido até o mercado , peguei a cestinha e comecei a pegar aquilo que realmente iria precisar, pelo menos durante a semana eu iria precisar apenas dias na semana que vem eu venho até aqui e acaba comprando umas coisas, depois que eu paguei para o atendente, ele me entregou as bolsas mas assim que cheguei na rua Meu celular começou a vibrar no meu bolso, eu sabia quem era e por isso acabei não atendendo, Tobey Nors , um dos homens que meu pai estava devendo, ele fazia de tudo para que eu pudesse apagar tudo que meu pai devia para ele mas teve uma vez que eu estava na faculdade e ele teve a cara de pau de aparecer na saída, disse que se eu namorasse com ele, toda a conta do meu pai iria morrer o quê claramente eu não vou fazer é porque eu não sou louca, então ele começou com essa palhaçada de ficar me mandando mensagem dizendo que iria casar comigo e que a conta do meu pai iria cair, então eu nunca mais iria me preocupar com esse tipo de coisa mas para falar a verdade eu acho que o que esse cara quer é apenas uma mulher em sua cama, o que ele não vai conseguir comigo porque eu mereço muito mais do que isso, minha mãe me criou para ser uma rainha, ela me criou para que eu pudesse ter o amor que gentileza das pessoas, e não é nenhum homem de rua que vai fazer com que esses ensinamentos possa terminar.

Quando voltei para o prédio, aquela mulher estava gritando com seu marido no corredor, eu apenas passei por eles antes de entrar no meu apartamento, eu nunca gostei de ficar me intrometendo na briga das pessoas mas pela forma que eles estavam conversando parecia que já estavam acostumados com isso, tranquei a porta atrás de mim antes de ir para cozinha e abrir a geladeira colocando as coisas ali dentro e logo em seguida fazendo a mesma coisa nos armários, O bom de morar em uma cidade pacata é que os apartamentos já estavam cheios de móveis o que salvou a minha pele, tirei o tênis que estava nos meus pés e entrei no chuveiro tomando um rápido banho, lavei meus cabelos mas tudo que eu fazia eu lembrava a minha mãe, ela sempre fazia chocolate quente para que eu pudesse tomar depois do banho, mas foi quando tudo começou a mudar e o meu pai começou a atormentar a nossa vida, minha maior perdição.

depois que sair do chuveiro, fui para o quarto onde coloquei um pequeno pijama, me sentei perto da janela eu olhei para o lado de fora vendo a cidade já vazia nessa hora da noite, mas eu tenho que admitir que era legal morar em uma cidade tão quieta assim, eu não iria ter que ficar me preocupando com homens tentando abusar de mim na rua, e suas tentando me roubar, então pela primeira vez na minha vida eu pude respirar aliviada sabendo que eles não estavam vindo atrás de mim e principalmente Os cobradores do meu pai, pelo menos por enquanto...

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