Pérola se aproximou de Hades para ajudar Irina a carrega-lo.
Cada uma ficou de um lado o apoiando, seguindo lentamente pelo caminho que ela havia trilhado até ali.
— Eu posso andar sozinho, sabiam? — resmungou.
— O caminho é longo, precisamos ser rápidos. — Pérola se afastou um pouco — Mas tem outro jeito, só não sei se vão aceitar.
— Que outro jeito? — Irina questiona.
— Bom, eu me transformo e carrego vocês... será mais rápido. — disse com a face avermelhada.
Hades encarou Irina ponderando a situação, eles não podiam se dar ao luxo de retornar naquele momento, os Lamiantikis chegariam em Aburblupy a qualquer momento, sua única saída era confiar na loba vermelha.
— Disseram que você não consegue controlar sua forma de loba. — Hades diz a olhando — E se por acaso você quiser nos atacar?
— Ah, não se preocupem, estou em total controle agora.
— Mesmo assim, a sua transformação é muito poderosa. — ele cruzou os bra
OS DONS E SEGREDOS Pérola sorriu para Uyara, não sabia bem como reagir, ela não tinha achado extraordinário o fato de não ser afetada pela lúpus negra como os outros lobos, lhe parecia simplesmente algo banal e comum. Saber mais sobre si mesma e sobre todos aqueles que lhe antecederam era algo bom e maravilhoso, sem qualquer explicação aparente... Em um certo momento não sabia nada sobre si mesma, sobre sua família ou seu povo, então de repente muitos segredos lhe eram revelados, palavras que gostaria de passar adiante para as gerações futuras, para que a histórias não fosse distorcida de novo. Todos deviam conhecer a verdade e se apegar a ela, era importante lembrar de onde vieram e qual se propósito no mundo. — Parece que eu preciso começar a falar mais, as coisas que eu julgo serem normais, na verdade, possui muito mais importância do que parecem. — disse envergonhada. — Ora, você passou muito tempo presa com os vampiros, d
Pérola levantou cedo no dia seguinte, mesmo tendo permanecido no primeiro turno de vigília, sentia-se renovada, as poucas horas de sono lhes foram suficientes, parecia que dormir como loba era mais revigorante e trazia confiança. Irina e Hades permaneceram perto dela o tempo todo, sentiam-se um pouco lentos devido o grande esforço, estavam há quase dois dias inteiros sem alimento e ainda passaram por uma perseguição. — Quando chegarmos no refúgio eu posso fazer um favor, mas precisam prometer que não irão contar a ninguém. — Pérola sussurrou aos dois. — Que tipo de favor? — Irina questionou a rodeando. — Estão com fome, certo? — sorriu. — Se o seu companheiro descobrir, teremos uma grande confusão. — a vampira gargalha levemente — Aceitamos seu favor. A garota balançou a cabeça sorrindo, estava começando a se acostumar com o casal de vampiros, mas infelizmente isso poderia ser ruim futuramente, dependendo das escolhas tomadas.
— Do que exatamente você está falando? — Irina questionou. — Saberá em breve, agora guarde suas forças, vai precisar. Permaneceram em silencio por muito tempo, durante o trajeto fizeram duas paradas para que pudessem descansar um pouco, já era noite quando avistaram o céu novamente. Hades se encarregou de carregar Irina daquele ponto em diante, a vampira havia apagado completamente algumas horas antes. Continuaram a caminhada em ritmos mais lentos, o cansaço extremo era evidente para todos, seguiram por debaixo de arcos de rochas naturais, troncos de árvores, até chegarem em uma pequena abertura em uma montanha. Adentraram-na seguindo pelo caminho estreito saindo em uma enorme galeria, subiram pelas paredes de pedras saindo em outra galeria menor e muito escura, foram guiados devagar para então descerem por uma abertura no chão, foram obrigados a rastejar por vários metros. Ao sair da passagem, se depararam com a maior caverna que já haviam vi
O dia amanheceu mais rápido do que eles podiam imaginar, não demorou muito para Pérola levantar, mesmo muito cansada ainda preferia se preocupar mais com suas obrigações. O tempo era curto e havia muito a ser decidido, o novo refúgio precisava de muitos reparos, feitiços de proteção e construções, não poderiam viver ali sem casas mais adequadas. — Não precisa levantar tão cedo. — Darlan bocejou se remexendo. Ela estava parada em frente a ele vestindo roupas, pela primeira vez em dias, calça, camisa, casaco, botas e os cabelos presos em um rabo de cavalo. — Preciso comer alguma coisa e pensar bem no que dizer durante a reunião. — sentou ao lado dele — Além do mais, já estamos quase no meio da manhã. Darlan se levantou a abraçando com força. — Tudo bem, é que ainda estou me acostumando com a ideia de ter que dividir sua atenção com outros. — sussurrou. — Eu quero ter filhos algum dia, comece a se acostumar. — sorriu. — Está falan
— É um bom nome! — Romeo diz sorrindo. — Todos de acordo? — Elói questiona. — Com certeza, queremos um novo recomeço para o nosso povo e um mundo diferente para as futuras gerações. — Leonor assente. A reunião não demorou muito mais, quando terminaram o almoço já estava sendo servido, resolveram esperar até que todos se alimentassem para então começar a reuni-los em um só lugar. Haviam bastante crianças, idosos e o número total fora maior do que esperavam, porém, não chegava a metade da população de Aburblupy, no entanto, se tudo desse certo conseguiriam libertar o maior número possível de lobos e feiticeiros. — Estão todos aqui. — Theodoro informou. Pérola os encarou com um sorriso, a curiosidade deles estava estampada em seus rostos. — Eu sou Pérola Alberton, a loba vermelha. — se apresentou — Durante os últimos dias tivemos emoções e fortes acontecimentos, mas hoje tivemos uma reunião importante, na qual decidimos não abaixa
Novamur Bemybri Senka partiu durante a madrugada com seus acompanhantes, a viagem deveria levar um dia inteiro para chegar ao destino e mais uma noite para retornar, deviam estar de volta no máximo até a hora do almoço do dia seguinte. Todos estavam se esforçando ao máximo durante o primeiro dia de trabalho, na parte da manhã avançaram de forma lenta, mas no final acabaram se familiarizando bem. Pérola acompanhou alguns feiticeiros durante o trajeto de entrada de Novamur Bemybri, os feitiços de proteção foram colocados em locais específicos, alguns de acordo com os pedidos dos vampiros. A noite passou rápido e antes do amanhecer os alfas e os líderes estavam de pé, fizeram a divisão para saber quem acompanharia Pérola e quem ficaria responsável por supervisionar e providenciar os materiais necessários para as construções da cidade. O exército que tinham não passavam de cento e vinte homens e mulheres, se comparado a quantidad
Túnel subterrâneo Pérola estava escavando com toda força e rapidez que conseguia, os feiticeiros se encarregavam de retirar o excesso de terra. Tirava poucas horas para descansar, entre o fim da madrugada e o início da manhã, nas horas seguinte continuava trabalhando incansavelmente, ainda estavam na metade do caminho até a cidade dos humanos, próximos a cidade vampírica. Naquele trecho ela tentava ser mais calma, mas sem diminuir muito a velocidade, queria chegar ao destino o mais breve possível, e ainda tinham o ataque surpresa contra os vigias. Segundo Irina, o castelo de Daemon não estava sobre o comando de nenhum rei vampiro ou Lamiantiki, se encontrava sobre aos comandos dos lacaios mais antigos do falecido vampiro, os quais viviam em estado de alerta. Primeiramente atacarão a cidade dos humanos e quando eles estiverem em segurança no túnel, irão atacar o castelo. O resto do caminho parecia ainda mais difícil, le
Novamur Bemybri Os feiticeiros e os lobos mal comeram, todos estavam muito cansados da viagem e do ataque. Pérola caminhou direto para a sua tenda, até o momento a ferraria e o hospital eram os que estavam prontos, assim como a casa grande, onde os humanos seriam abrigados. A cozinha ainda estava pela metade, porém, algumas casas já estavam prontas também, caso continuassem no mesmo ritmo, Novamur Bemybri estaria mais avançada do Aburblupy jamais foi. A organização da cidade a deixava mais bonita do que esperavam, o esforço deles era refletido em seus esforços para recomeçar. A loba vermelha adormecera rapidamente, novamente se viu presa no mesmo pesadelo, dessa vez ela já conseguia entender que nada do que acontecia era real, porém, não conseguia acordar. A noite chegou, e ela ainda permanecia presa no pesadelo que aparentava nunca ter fim. — Precisamos acordar Pérola, agora! — Zara adentrou a o quarto. Darlan