O eco do sonho com Kael ainda reverberava na alma de Elara, uma melodia proibida que a puxava para um abismo de possibilidades. A atração, antes um sussurro, agora clamava por reconhecimento, mas a lealdade a João era uma âncora que a impedia de se lançar cegamente no desconhecido. A mente de Elara, treinada para encontrar soluções complexas, começou a traçar um caminho, um terceiro vértice para o triângulo que se formava em sua vida. Se a missão de Kael era a sobrevivência de sua espécie, e se ela era a chave, então a solução não poderia ser a destruição de sua própria felicidade.
Ela procurou Kael novamente, não na biblioteca, mas em um local mais neutro, um café movimentado onde a privacidade era garantida pelo burburinho constante. Elara sentia a urgência em cada fibra de seu ser, a necessidade de resolver o dilema que a consumia. Kael a esperava, seus olhos profundos refletindo a quietude de um ser que carregava milênios de sabedoria. Elara foi direta, sua voz baixa, mas carregad