Giulia se afastou.- Eu preciso ir, não estou bem, será que posso pegar um atestado ou alguns dias de folga? Ela perguntou a Paolo.- Claro! Vou avisar o colegiado, você quer conversar?- Não! Só preciso de um tempo,respirar um pouco. Ela disse se virando para pegar sua bolsa.Paolo ficou imóvel, enquanto ela saía da sala, apressada e com os olhos molhados pelas lágrimas.Ele não sabia o que se passava em seu coração.Giulia passou apressada pelo corredor, uma de suas colegas de classe a chamou, ela, relutante, parou.- Como você está? Ficamos sabendo, não te vi mais, fiquei preocupada.- Eu estou bem, na verdade não muito, pode avisar os professores e me mandar os conteúdos?- Claro que sim! Te envio tudo por e-mail, pode ficar tranquila eu os aviso também.- Obrigada. Giulia a agradeceu, secando os olhos com as mãos.Ela se despediu e assim que se afastou, um pouco, da colega ligou para o segurança.- Pode vir me buscar?O segurança estava parado em frente ao hospital, ele tinha o
Giulia abriu um sorriso quando o viu vindo em sua direção. Um misto de alegria e alívio. Ela desligou o telefone, Bryan fez o mesmo. Giulia caminhou apressada e quando se aproximou dele pulou em seu pescoço. Bryan a abraçou forte, a tirando do chão por causa de sua altura. - Me desculpe, eu te amo... Ela disse. - Está tudo bem. Ele a colocou de volta no chão enquanto segurava seu rosto entre as mãos e tomava seus lábios com paixão. Giulia, apesar da chuva fria, sentiu seu corpo esquentar, aquela sensação de leveza a acometeu novamente, fazendo-a agarrar a jaqueta de Bryan. Bryan esqueceu-se que naquele mesmo dia havia se arrependido de ter dormido com ela, mas agora já nem se lembrava mais, só queria tomá-la em seus braços, suas diferenças acabavam quando seus corpos se encontravam. Sob a chuva os dois se abraçaram e se beijaram, como se não se vissem há muito tempo. - Venha! Bryan pegou sua mão, queria tira-la da chuva, que estava ficando mais forte. Os dois
Bryan deu a Giulia uma toalha de banho e mostrou o banheiro para ela. - Tome banho! Vou colocar o jantar no forno. - Você está me acostumando mal. Ela disse brincando enquanto roubava-lhe um beijo. - Mais tarde, penso em um jeito de te cobrar. Ele disse sorrindo, enquanto voltava para a cozinha, estava faminto. Giulia tomou um banho quente e quando saiu do quarto sentiu o cheirinho de comida caseira que se espalhava pela casa. - Huum... parece estar ótimo. Ela disse ao chegar na cozinha. - Dona Marieta cozinha muito bem, ela vem uma vez por semana para limpar o apartamento e sempre deixa a comida pronta, pois eu nunca sei quando e nem a que horas vou chegar. Bryan disse, dando uma olhada no forno. - Não deixe nosso jantar queimar, vou tomar um banho e tirar esta roupa molhada. Bryan disse a caminho do quarto. - Pode deixar depois vou colocar as roupas na máquina para serem lavadas. Ela disse. Ao ver Bryan sumir no corredor ela se tocou que os dois pareciam cas
Bryan saiu logo depois do café e passou o dia fora. Giulia, saiu com o segurança, foi conhecer a cidade, mas queria mesmo era estar com Bryan. Perto da hora do almoço ela recebeu uma ligação de Paolo. - Você está em casa? Comprei alguns doces naquela padaria que você gosta. Ele disse. Giulia ficou surpresa, mas também se sentiu um pouco pressionada. - Desculpe Doutor eu .... - Não me chame de Doutor, sou Paolo para você, vou levar para você. Ele a interrompeu. - Não estou na cidade. -Voltou para a casa de seus pais? Você está bem? - Estou melhor, obrigada. Giulia não queria mentir, mas também não queria dizer que estava com Bryan, os dois já tinham saído aos socos na porta do prédio, quando chegasse em Florença explicaria, pessoalmente, a Paolo sua relação com Bryan. - Estou sentindo sua falta. Ele disse. - Dê oportunidade aos outros alunos, acredito que temos bons instrumentadores. - Não sinto sua falta só como minha auxiliar, sinto falta de você, dos
Na manhã seguinte, os dois casais tomaram café juntos. Enquanto Rafael e Bryan seguiram para o escritório, as duas garotas, felizes, partiram, com o segurança, para um dia "só das garotas". Bryan e Rafael ajustavam os últimos detalhes para pôr em ação o plano contra Alfonzo, os dois conseguiram provas que além de fraudar os livros caixa, também sonegou impostos e ainda comprou e vendeu as ações da empresa, usando terceiros " como laranjas" para poder se beneficiar e manipular o mercado financeiro. Passava do meio-dia, os dois estavam no refeitório da vinícola almoçando, Rafael tentava falar com Isabelle, mas seu telefone só dava caixa postal. Bryan estava também preocupado, ele também ligou e enviou mensagem para Giulia, mas a mensagem não foi visualizada. Não muito tempo depois o segurança ligou para Rafael. - Não consigo encontrá-las! Ele disse nervoso. - O quê? Rafael não queria acreditar no que estava ouvindo. - Elas entraram no mercado municipal e não voltaram, já pr
Bryan nem tinha terminado de falar, o telefone da loja tocou.Rafael atendeu. -Não tenho nada a ver com isso, ele apenas disse que se tratava de sua noiva e que ela estava fugindo dele, meus homens as levaram até a periferia da cidade lá os homens de Alfonzo as colocaram em uma van. Disse o homem nervoso do outro lado da linha. -Você não sabe para onde eles foram? Rafael perguntou furioso.-Eu não sei, a única coisa que eu sei é que meus homens as deixaram perto do porto, mas os homens de Alfonzo as amarraram e colocaram nesta van. - Me diga, este é o porto principal? - Vou te passar a localização o homem disse com a voz um pouco trêmula. Ele tinha medo de Alfonzo, mas quando abriu a internet e viu as notícias sobre a fraude e de quem se tratava a garota que havia ajudado a raptar, seu coração parou de bater.Rafael e Bryan saíram assim que receberam a localização. No carro passaram a localização para o segurança que estava com eles Rafael também encaminhou para os outros dois
Alfonzo estava furioso, ele sempre se gabou de sua honestidade, para os outros ele era prodígio nos negócios um cara acima de qualquer suspeita, para as mulheres um homem formidável. Só Fanny sabia exatamente quem ele era, conhecia cada defeito seu, todas as suas máscaras. Ela assistia “na primeira fila” o começo da derrocada de Alfonzo, embora ela tivesse passado as informações para Bryan, ela sozinha não teria conseguido um trabalho tão bom ao que estava, agora, assistindo, enquanto tomava seu vinho favorito. Ver Alfonzo sendo empurrado e questionado pelos jornalistas foi muito prazeroso, o doce sabor da vingança, aquele era só o começo, ela esperava que Bryan e Rafael fizessem muito mais e no que dependesse dela, ela os ajudariam. Dizem que a vingança é algo que se como frio, pode ser, ela esperou muito por aquele momento, mas ele não podia ter vindo em momento melhor, agora que ela tinha conseguido se curar da “cegueira” que pairou sobre ela no tempo em que esteve com Alfonz
Havia um silencio, ensurdecedor, a impressão que cada um tinha era que podia ouvir a própria respiração. As duas garotas se encolheram em um canto, agora não viam mais a luz por baixo da porta, mas ouviam os passos tímidos do homem que as vigiavam. - Quem está ai? O homem gritou, depois de um tempo. Agora, sem a luz, não conseguiam vê-lo com clareza, apenas percebiam seus movimentos, Bryan arriscou e atirou. Pah! - Argh! O homem gemeu revidando. -Pah! Pah! Antes que pudessem atirar Alfonzo e seus homens ouviram os tiros ao longe. - Eles estão ai, droga! Alfonzo disse esmurrando o painel do carro a sua frente. - O que faremos? Perguntou, com medo, o motorista. - Vamos esperar, terão que passar por aqui. Alfonzo disse friamente. Ele tinha razão os carros estavam lá, não tinha outra saída. O homem ferido no ombro, se escondeu atrás de um amontoado de madeira, ele rezava para que seu chefe chegasse logo, ele estava sozinho e apenas com dias armas curtas. Bryan at