12- Virá atrás de mim.
- Ainda não dormiu? Ele disse.
A voz de Edgard mexia com Alana, era uma voz grave e naturalmente sedutora.
- Ainda não, estou pensando, preciso pegar minhas coisas, documentos, perdi meu celular, preciso comprar outro.
- Onde estão suas coisas?
- Na casa do meu pai, eu também tenho um trabalho, preciso voltar.
- Você não precisa trabalhar, posso sustentar você.
- Você está levando isso a sério? Isto é um engano!
- Não, não é! Está no papel, o que irão pensar de mim se minha mulher estiver trabalhando, onde mesmo você trabalha?
- Sou gerente em uma floricultura. Ela disse, orgulhosa.
- Não deve ganhar muito. Ele disse um pouco esnobe.
- É não dá para ter uma casa como a sua. Ela disse fechando a cara.
- Posso providenciar documentos novos para você, não precisa voltar lá, parece-me que você não foi bem recebida lá.
- Quem te disse isso? Tenho olhos em todos os cantos dessa cidade, sou Edgard Curioni.
- Não importa quem você é, não pode ficar bisbilhotando minha vida e ainda assim irei.