Pelo caminho, Marco observava Angeline com atenção. Ela o desafiava e o encantava ao mesmo tempo, ora dócil e obediente, ora irritante e petulante. Ainda assim, ele a adorava. Mais do que já gostara de qualquer outra mulher.
Estacionou o carro e, antes que pudesse abrir a porta para ela, Angeline já havia descido. O vento frio da noite roçou seus cabelos, e Marco, apressado, alcançou sua mão, fria, trêmula.
— Vai querer de chocolate, querida? Perguntou, tentando soar leve.
— Eu não sei… Murmurou distraída. Não pensava em sorvete. Ainda sentia o gosto do beijo no carro, o coração descompassado.
— Você gosta de chocolate . Ele insistiu.
Alguns rapazes, sentados numa mesa próxima, a observaram discretamente. Marco percebeu e seu semblante mudou. O olhar, antes controlado, tornou-se duro, letal.
Angeline sentiu a tensão no ar.
— Vamos embora… Sussurrou, recuando.
Marco segurou seu braço com força, o suficiente para fazê-la estremecer.
— Não. A voz dele soou baixa, mas ameaçadora.
Ela te