Longe dali, em um cativeiro no meio do nada, Isabele sabia que aquele era seu único momento. Durante semanas, estivera vigiada por homens brutais, mas agora, apenas um jovem rapaz fazia sua segurança. E ele era vulnerável.
Ela usou o que tinha. O olhar, a voz, a postura. Um jogo de sedução que a fez ganhar sua confiança pouco a pouco. Quando o rapaz se aproximou demais, Isabele não hesitou. Pegou um pesado jarro de barro e o estilhaçou contra sua cabeça. O homem caiu desacordado no chão. O coração de Isabele martelava no peito. Ela precisava sair dali. Abriu a porta e saiu em disparada pelo matagal. O terreno era desconhecido, a vegetação alta dificultava sua visão, mas a adrenalina a impulsionava. Seus pés descalços cortavam na terra áspera, mas a dor não importava. Então, avistou um carro. Provavelmente do sequestrador. As chaves estavam na ignição. Sem pen