— Então, eu sou um ogro? — disse ele com voz baixa, tensa, a raiva quase visível.
— Pelo jeito, é por isso também que me despreza, não é? Você queria que eu fosse um almofadinha como seu querido Lucas?
— Não fale assim dele — Isabele respondeu, mantendo-se firme, mas com um brilho de desespero nos olhos.
— E sim, você é um ogro. E tem razão em uma coisa: ser um "almofadinha" é ser gentil e educado, como ele. Eu realmente prefiro um "almofadinha" a um ogro. Agora, me solta, Álvaro! Você está me machucando!
Álvaro não deu sinal de que iria parar.
— Vem comigo — ele ordenou, a voz carregada de uma frieza implacável.
— Não vou a lugar nenhum com você — Isabele disse, sua coragem se renovando pela raiva crescente.
— Por que não continua me ignorando, como estava fazendo até agora? Vai procurar a sua noiva e me deixe em paz!
A resposta de Álvaro foi um grito abafado, mais uma explosão de raiva reprimida.
— Porque não é ela que eu quero, porra! É você!
— Se acha que so