— Porra! É sério que não vai me dar o endereço dele, Paulo? — Clara indagava, furiosa, apontando o dedo na direção do rosto do amigo.
— Ele foi bem claro quando me disse que não quer saber de você. Viajou para o Rio de Janeiro com os pais logo em seguida. O que quer que eu faça? Ele
meu amigo. Sinto muito, mas tenho que respeitá-lo — Paulo repetiu pela milésima vez à Clara, que saiu batendo os pés no piso de madeira em direção ao quarto.
Uma grande sensação de perda a dominou de uma maneira que não podia expressar em palavras, pois jamais seria compreendida.
Como poderia ter sentimentos tão intensos por alguém que acabara de conhecer?, Clara indagava a si mesma, enquanto se cobria com o lençol para esconder seu semblante desanimado. Ouvia as gargalhadas de Edson e Sabrina, deitados nas re