Minha irmã, Mavie, finalmente teve alta. Limpei a casa inteira antes de buscá-la – do chão ao teto. Não queria que ela tivesse uma crise alérgica, recém-operada. Ver sua saúde melhorando encheu meu coração de alegria, mas sabia que os cuidados redobrados seriam essenciais.
"__E o papai?", perguntou Mavie, sua voz carregada de uma tristeza que me apertou o peito.
__"Não sei, provavelmente em algum bar", respondi, a verdade escapando antes que eu pudesse pará-la. Arrependi-me imediatamente, mas estava exausta de fingir.
Ela se deitou no sofá velho e duro, enquanto eu ligava a televisão e preparava o almoço. A realidade me atingiu com força: precisaria conciliar o trabalho com os cuidados intensivos de Mavie. Alguém precisaria lembrá-la de tomar os remédios, preparar refeições saudáveis... Suspirei, derrotada. O dinheiro havia acabado. Tudo o que restava eram 200 dólares, minha reserva para emergências, gastos com o tratamento dela no hospital.
Quando voltei com a comida, Mavie