Kate Ferreira
Depois de quatro dias ao lado da minha família, a volta para casa tinha um gosto agridoce. Por um lado, me sentia mais leve e revigorada, mas por outro, sabia que assim que cruzasse a porta do meu apartamento, a realidade bateria à porta novamente.
Merlin miava dentro da caixinha de viagem desde o momento em que saímos de Santos, como se soubesse que estávamos nos distanciando do calor e da tranquilidade que encontramos lá. Assim que estacionei o carro e subi com ele para o apartamento, mal consegui colocar a bolsa no chão antes de soltá-lo.
— Pronto, pequeno, você tá livre — murmurei, abrindo a portinha da caixa.
Ele saiu imediatamente, sacudindo o pelo e me olhando com aqueles olhos julgadores. Logo depois, começou a miar de novo, caminhando até o canto onde costumava comer.
— Já entendi, faminto. Calma.
Fui até a cozinha, servi um pouco da ração e coloquei água fresca na tigela dele. Enquanto Merlin comia, peguei minha mala e a levei para o quarto. Precisava de um ba