NATHAN
— A comida ali estava boa, nada gordurosa, no ponto exato. Eu não me lembrava da última vez em que tinha comido em um restaurante.
Eu falava com minha mãe ao telefone, e eu tinha insistido para que ela saísse de casa, fosse às compras e comesse fora. Tinha sido uma luta para convencer minha mãe a fazer tudo aquilo depois da visitinha de Marcus à minha casa. No fim, ela acabou indo, depois que eu a ameacei.
— A culpa tinha sido só sua nisso. Você sempre queria ficar em casa cozinhando a sua comida. Você não tinha nada a temer, mãe. Você podia viver a vida do jeito que quisesse, e nada aconteceria com você. Não ficasse com medo.
Ela suspirou do outro lado da linha.
— Não era que eu estivesse com medo. Era só que eu vinha vivendo assim há tanto tempo que virou um hábito. Virou parte de mim, eu já não sabia como viver de outro jeito.
Meu coração doeu por ela.
Eu odiava o homem que doara o esperma para eu nascer. Tinha sido culpa dele que minha mãe vivesse como prisioneira.
— Por que