OLIVIA
Quando chegamos ao cemitério e Xander encostou uma faca na minha garganta, perdi completamente a razão, sem saber ao certo o que havia acontecido, embora suspeitasse que meu cérebro tivesse bloqueado tudo para me proteger. Ele tinha me entorpecido emocionalmente com um único objetivo: fazer com que eu assistisse enquanto me abatia como um animal.
Aquele homem era doentio e distorcido além de qualquer medida, e cada instante em que o frio aço da faca pressionava minha pele só servia para me lembrar da escuridão que habitava dentro dele. Ele não queria apenas me matar, mas também desejava ver meu sofrimento e me quebrar mentalmente antes de dar fim a tudo.
Eu sabia que, quando tudo acabasse, não sentiria mais nada, pois o medo e o pavor desapareceriam assim que meu corpo cedesse. No entanto, essa certeza não me trazia conforto algum, porque eu não queria suportar aquilo da forma cruel que ele me impunha. Sim, a morte era inevitável, porém eu não queria sentir a violência e a bruta