(Ponto de Vista de Olivia)
Voltar para casa foi uma sensação estranha e ao mesmo tempo familiar. Cada cômodo que eu entrava me enchia de nostalgia e lembranças vívidas de mim e da minha avó. A casa estava suja, cheia de poeira. As paredes precisavam de uma nova pintura e o chão de um bom esfregaço.
Eu limpava, tentando esconder as lágrimas, embora já tivesse chorado o suficiente no cemitério. Agora era hora de agir, não de continuar chorando. Foi então que alguém bateu à porta, e eu fui abrir. May estava do outro lado com um sorriso pretensioso no rosto.
A mulher devia achar que eu ainda era a mesma Olivia ingênua de antes.
— Sim? — Perguntei, levantando uma sobrancelha.
— Olivia, sou eu, May.
Ela realmente achava que eu não sabia quem era? Mas decidi seguir o jogo.
— Caramba, não consegui te reconhecer, faz tanto tempo.
Ela me empurrou de lado e entrou na casa.
Isso me irritou, mas eu preferi ficar em silêncio.
— Nossa! Essa casa precisa de uma boa limpeza! Ouvi falar da sua prisão, e