Um silêncio que era assustadoramente familiar me cercou, enquanto eu mergulhava nas águas profundas, que mais parecia tinta do que água, de tão turva. A corda amarrada no meu pulso dançava a cada braçada. O frio era de gelar os ossos, e tudo isso me trouxe lembranças da última vez que eu nadei.
Pedaços minúsculos de vidro voavam por mim, meu cabelo ainda molhado do treino. A mãe de um amigo estava me dando uma carona pra casa, quando uma caminhonete bateu na traseira do carro; eu gritava de dor.
A escuridão me anuviou a vista, conforme os sons vinham e iam, todos meus sentidos falhando quando abri meus olhos e a vi-
Chacoalhando essa lembrança pra longe, nadei mais e mais fundo, meus pulmões começando a queimar e, por alguma razão, eu gostei disso; era bom sentir algo tão perigosamente familiar. Algo que me levava de volta a dias mais fáceis.
Tudo ao meu redor era preto. Parecia que a luz do relógio da Chelsa ficava mais fraca a cada segundo - não tinha nada aqui embaixo. Nem mesmo