Após proferir estas palavras, Isabela virou-se decidida e adentrou a sala de estar.
Com um envelope retirado de sua bolsa, dirigiu-se então à varanda, onde entregou-o a Pedro.
- Reservei passagens para vocês amanhã. Agora, vá fazer as malas, partiremos cedo pela manhã.
Pedro a encarou incrédulo.
- Irmã, o que você está planejando? Me obrigar a sair?
Percebendo sua relutância, Isabela segurou firme sua mão e forçou o envelope em suas mãos.
- Pedro, isto é uma ordem, não uma negociação.
- Irmã!
Pedro sentiu a fúria percorrendo-o pela primeira vez.
Seus olhos faiscaram enquanto segurava o envelope com tanta força que quase o rasgou.
- Não estou tentando te expulsar, preciso assegurar a segurança de Dulce. Quanto mais longe ela estiver de mim, mais segura estará.
Isabela virou-se para olhar Dulce, que brincava com blocos na sala de estar, e seus olhos se encheram de lágrimas.
- Acha que isso é fácil para mim? Mas tenho medo, não quero mais perder ninguém. Posso perder o estúdio, mas não