Gabriel estava em pé perto da janela, de costas para a porta, com uma mão no bolso. Mesmo sem ver claramente sua expressão, era possível sentir o frio emanando por ele.
Isabela deu um tapinha no braço de André, indicando que ele a colocasse no chão. Ela apoiou-se na beira da porta, respirou fundo e gritou:
- Gabriel, o que mais você quer saber?
Sua voz estava tremendo, ela estava com medo.
Sem motivo aparente, André sentiu pena dela. Provavelmente ela havia passado por isso muitas vezes.
Ao ouvir a voz, Gabriel se virou, com olhos profundos friamente fixados nela, e os lábios finos curvados em um sorriso irônico:
- Isabela, eu pensei que depois de sofrer ferimentos tão graves, você aprenderia a se comportar, mas você me decepcionou.
Isabela apoiou-se no braço de André e mancou para dentro do quarto.
Enquanto observava Gabriel se aproximando dela, ela prendeu a respiração, esperando por sua "punição".
Depois de esperar por um tempo, a mão do homem não caiu sobre ela, em vez disso, ele a