Embora ela já tivesse pensado em abortar essa criança, afinal, era seu filho. Como poderia se permitir fazê-lo?
Nesses dias dolorosos e desesperadores, era essa criança que acendia repetidas vezes o pensamento em sua mente de continuar vivendo.
Já sonhou também.
Será que quando a criança nascesse, ela e Gabriel poderiam se reconciliar como antes? Mesmo no último momento de sua vida, se pudessem ser uma família unida e feliz, estaria satisfeita.
Mas, dessa vez, foi Gabriel quem matou essa criança.
Ele próprio cortou o caminho de volta entre eles.
Agora, ela nem tinha mais motivos para convencer a si mesma a amá-lo, a perdoá-lo.
“Gabriel, afinal, nos tornamos inimigos.”
Isabela soluçou, abrindo os olhos, lágrimas escorreram pelos cantos dos olhos, caindo no travesseiro.
Virando levemente a cabeça, ela percebeu que o travesseiro estava completamente encharcado.
Ela se sentou apoiada nas mãos e encostou na cabeceira da cama, olhando fixamente para o brilho do pôr do sol pela janela.
Nos