Após enfaixar as feridas, Gabriel trocou de roupa e sentou-se no sofá, imóvel.
Ninguém sabia o que ele estava pensando, tudo parecia terrivelmente sombrio.
Assim ele ficou, da alvorada até o crepúsculo, sem acender a luz na sala, apenas com o brilho pálido da lua iluminando seu corpo, tornando-o ainda mais frio e distante.
De repente, ele se levantou, com passos largos caminhou para fora.
Quando chegou à porta, encontrou alguém ajoelhado ali.
Com um olhar profundo e gélido, ele fitou a pessoa e a chutou com um movimento brusco da perna.
- Gabriel.
Mariana, chorando, agarrou sua perna:
- Eu sei que você está me culpando, e não ousaria pedir seu perdão. Talvez desde o início, eu não deveria ter me apaixonado por você, mas, por te amar, não posso assistir você cair sem fazer nada.
- Me solte!
Sua voz estava sem qualquer calor, até mesmo com um toque de intenção assassina.
Mas como Mariana poderia soltá-lo tão facilmente?
Tudo havia sido planejado, ela nunca imaginou que Gabriel se voltari