Gabriel parou o garfo no ar, ergueu os olhos para Isabela e viu que ela estava abaixando a cabeça para beber a sopa, nem sequer o olhando.
De repente, ele jogou o garfo com força na mesa:
- Isabela, precisa agir assim? Eu até fiz questão de comer com você sozinho agora, o que mais você quer?
Isabela terminou a sopa na tigela e a colocou gentilmente na mesa.
- Gabriel, você fala como se comer a sós entre marido e mulher fosse uma obrigação que você me faz. Você acha isso normal?
- Mariana está ferida no hospital, você sabe disso?
- Eu não me importo onde a Mariana está, só quero saber quando ela vai morrer!
- Isabela!
Gabriel bateu na mesa, se levantou e com seus olhos profundos e gélidos ele olhou fixadamente para ela.
- O que foi? Quer me bater de novo? - Isabela riu com desdém. - A Mariana é uma verdadeira megera, matou meus pais e tio Cardoso, lavou o cérebro do meu irmãozinho e roubou meu marido. Você acha que eu devo agradecer alguma coisa a ela?
- Ela me salvou!
- Salvou você? E