Após muita comida boa — cocada, bolo de milho, suco de caju e risadas sem fim — voltamos para o carro. As crianças dormiam profundamente, exaustas de tanto brincar.
Olhei pelo retrovisor e vi os quatro encostados uns nos outros, serenos.
— Eles são o melhor que já fiz na vida — murmurei.
Lívia virou o rosto para mim e sorriu.
— Não só eles, amor. Você também é o melhor que aconteceu na minha vida.
Peguei a estrada de volta, o luar refletindo na janela, e senti o coração leve. O som do motor misturava-se ao ritmo calmo da respiração dos pequenos. Aquela noite, mesmo com pneu furado, tropeços e risadas, foi perfeita. A vida não precisava ser sem falhas para ser boa. Bastava ser vivida — com amor, com fé, e com as pessoas certas ao nosso lado.
Apertei a mão de Lívia e disse baixinho:
— Que venham mais dias assim… cheios de imprevistos, risadas e amor.
Ela riu, encostou a cabeça no meu ombro e respondeu:
— Sim, amor
Seguimos estrada afora, com o coração cheio e a alma em paz. Ela sorriu,