Gustavo
Após a conversa com meu irmão Henrique, senti que precisava alinhar tudo antes de qualquer decisão mais drástica. Fui falar com Ryan, que, como sempre, não poupou palavras e me instruiu a ter cuidado extremo.
— Não confie em ninguém, Gustavo. Nem mesmo naqueles que dizem te querer bem. Essa é a hora de proteger a família acima de tudo — disse ele. Suas palavras ecoaram na minha mente; ele estava certo. A desconfiança, nesse momento, era a melhor aliada.
Compartilhei meus pensamentos com meus pais e senti um alívio quase físico ao perceber que eles estavam comigo. Meus irmãos também eram minha força, meu porto seguro. Voltar para a nossa família parecia ser a decisão mais sensata agora. Precisava estar perto da terra natal, garantir que Líliam e nossas filhas estivessem em segurança, e me preparar para enfrentar tudo que viesse do passado.
Duas horas depois, o telefone tocou incessantemente. Recebi ligações de minha mãe, dos meus irmãos e até do meu pai. Cada ligação carregav