Vendida pelo meu marido
Vendida pelo meu marido
Por: Anna Dantas
Capitulo 1

Capitulo 1

Leonor Juice narrando:

Leonor Juice, sou apenas uma mulher sentada sobre o sofá de uma festa luxuosa, com uma taça de drink em mãos, com diversas pessoas em minha volta e meu semblante fechado. Me levanto e vou ate a mesa de drinks posicionada frente a imensa parede de vidro com uma vista perfeita de Boston. O jantar é da empresa de meu marido, Call Juice, um homem de negócios e dono de uma das maiores empresas de investimento, o nosso companheirismo nos negócios é algo muito invejado, seguro fortemente sua mão em cada decisão que ele toma. Mas acabo de descobrir que ele esta praticamente falido, que ate mesmo estamos prestes a perder a nossa casa, e esse não é o problema, mais sim o fato de que descobri em meio a essa festa pacata onde todos me olham com pena, sentindo o peso da imaturidade de meu marido que nem mesmo me contou o que estava havendo:

- me desculpa Leonor. Me senti incapaz de falar qualquer coisa. – ele disse se aproximando com um tom desesperado.

- incapaz ou sem tempo? – disse de uma forma fria, sem olhar em seus olhos. – já que nem mesmo me toca mais, nosso casamento esta desmoronando por causa dos seus negócios sujos, mais acabo agradecendo que não seja só ele. – batendo o copo que estava em mãos na mesa a minha frente, me afastei pegando minha bolsa. – não demora pra chegar.

Me calando atravessei a sala, parando com a mão na maçaneta da porta e me virando sorrateiramente vendo todos me olhar, mais um olhar me chamou a atenção, um homem alto, com algumas tatuagens que me levavam a pensar que se tratava de um mafioso, mexendo na gola de sua camisa social branca que ficava transparente em meio aos seus músculos definidos, com um olhar intimidador ele me encarava levando seu copo a boca. Ignorando porém intrigada, abri a porta e sai deixando a sala onde estávamos. Peguei o elevador enquanto chamava o taxi, e parei frente ao prédio com uma certa dificuldade para me equilibrar sobre os saltos, após ter virado diversos drinks irritada. O taxi chegou rápido, e abri a porta entrando, virei os meus olhos e encostado na parede estava o mafioso que me encarou lá dentro, me olhando como se me devorasse com seus olhos. Seu olhar marcante não saia da minha cabeça, nem mesmo quando cheguei em casa, e me despi com um copo de vinho em mãos entrando na banheira, só queria poder encontrar uma forma de lidar com a raiva que sentia de Call nesse momento, era como se o companheirismo estivesse sido somente da minha parte. Ele é um ótimo marido, mais as vezes parece que quer provar pro mundo que é melhor que todos. A água cobria meu corpo e de alguma forma junto com o vinho ela ia me acalmando, acalmando cada parte, até o barulho de passos me assustar, me fazendo levantar rapidamente e abrir a porta pra ver o que estava acontecendo, e me deparei com Call, parado na porta de casa e me olhando como se estivesse decepcionado consigo mesmo:

- caramba, me assustou. – disse ofegante.

- lamento, não conseguia ficar lá e aguentar todos me perguntando o por que você foi embora daquela forma. – ele disse em um tom rude.

- se jura? Não deve ter sido pior do que explicar pra todos a minha cara de susto ao saber que estamos falindo. Você ouve o que diz? Esta exigindo que eu esteja sempre ao seu lado, mas esconde uma coisa desse tamanho de mim. – falei com o tom calmo, mais ainda assim frustrada, enquanto descia as escadas enrolada no roupão.

- como esperava que eu chegasse em casa e dissesse pra você que partir de agora não da mais pra você comprar uma bolsa, ou um sapato por semana? – Call gritou como se me culpasse.

- não acredito que esta dizendo isso pra mim! – disse furiosa. – quantas vezes me preocupei com bolsas e sapatos? Quantas vezes me importei em ter uma vida luxuosa? Essa sempre foi a sua prioridade não a minha Call.

Enraivada subi as escadas e voltei para o banheiro o deixando ser dominado pelo silencio. Sempre tive uma vida simples antes de Call, nunca me importei com luxos, e me irritava o fato dele colocar a culpa da ambição sobre meus ombros, quando ela jamais me pertenceu. Após alguns minutos Call chegou ao banheiro e se despiu entrando na banheira junto comigo, evitava olhar em seus olhos, sabia que com raiva as palavras sairiam da minha boca como facadas.

- Leonor... me desculpa, fui fraco e imaturo, errei, e não deveria colocar a culpa em você pelos meus erros. Você é tudo pra mim, sabe disso, vou dar um jeito em tudo.

- Não Call, nós vamos dar um jeito em tudo. Casamento é companheirismo, e deveria saber disso depois dos nossos cinco anos juntos. – falei ainda com meus olhos fechados na banheira.

Mesmo que me sentisse magoada, e traída por Call, não queria manter esse sentimento que seria mais uma falta para nos ajudar a desmoronar, agora mais do que nunca precisávamos nos manter unidos, mesmo que antes ele tenha me afastado. Abrindo meus olhos olhei para Call, e me aproximei cuidadosamente ate seu pescoço o beijando, queria que tentássemos recuperar nossos banhos juntos, suas mãos tocaram meu corpo, e o olhei de uma forma ousada:

- Leonor... – ele falou enquanto o beijava – Leonor... não... para não to com cabeça hoje. – Call falou me afastando.

- hoje? Você não esta a meses.

Não era sobre querer algo a mais naquele momento, mais sim o fato de me sentir desprezada por Call. O olhar daquele mafioso, havia desencadeado em mim o desejo que meu marido me olhasse e admirasse da mesma forma. Sentia como se meu casamento estivesse despencando com tudo o que estava havendo, era como uma corda que estava escalando das minhas mãos mais continuava me ferindo para conseguir a segurar.

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