CAPÍTULO 23
Fabiana Prass
Eu não disse nenhuma palavra no caminho de volta para a casa, e o Don também não fez questão.
Quando descemos do carro ele me ajudou, e com uma pose bonita se abaixou pegando uma rosa de cor diferente do jardim. Olhei para a rosa, depois pra ele, aquele homem precisa ser estudado.
— Você é um tremendo de um cafajeste, hein? Deveria se envergonhar! Ou agora vai arrancar todas as rosas que planta, tentando se desculpar pelas merdas que faz? — ele gargalhou e tive vontade de fazê-lo engolir aquela rosa inteira, até imaginei eu enfiando na sua goela.
— Eu nunca imaginei que me casando com você me divertiria tanto! Você é a melhor esposa que eu poderia arrumar, sério! — o olhei feio, o encarando.
— Cretino! Ainda vou colocar aqueles sapatos feios de bico e pisar bem pisado no seu dedinho do pé! — ele gargalhou novamente e me ergueu pela cintura apertando-a.
— Quanto mais você fala, mais me excita, bela mia! — me calei.