Emma.
Eu estava parada, apoiada na cama, em pé, olhando para a porta fechada pela qual Gregory havia acabado de passar. Eu ficava ouvindo a voz dele na minha cabeça o tempo todo enquanto ele repetia as palavras:
— Eu amo você.
Meu sistema defensivo estava em alerta agora e meus pensamentos bagunçados diziam que Gregory estava mentindo. Eu havia convivido ao lado dele por dois anos e meio e aquele homem nunca havia demonstrado nenhum afeto por mim, só desprezo. Agora ele dizia que me amava? Quais eram as probabilidades de eu acreditar nisso?
Vi Lia entrando no quarto e fui obrigada a desfazer minha expressão de preocupada. Ela veio sorrindo em minha direção, como se soubesse de algo de que eu não sabia. O olhar dela permaneceu grudado em mim até que eu me deitasse e fechasse os olhos.
— Não finja que está dormindo — ela encostou a boca