Jane, era uma moça alegre, estudante e uma filha dedicada e amorosa que sonhava em ser fotografa e viajar o mundo tirando as mais belas fotografias. Porém seus planos se desfazem ao descobrir que terá que se casar com um homem 20 anos mais velho para salvar sua família que havia perdido toda a fortuna. Sem poder fugir do compromisso ela acaba se casando e se torna a esposa modelo, algum tempo depois cansada de sua vida Jane conhece um homem que a fará despertar desejos inimagináveis.
Leer másSe um tempo atrás alguém me dissesse que acabaria nesta situação em que me encontro, teria gargalhado e chamado a pessoa de insana, não entendeu né? Calma! Já explico minha situação. Agora, deixe-me apresentar: Chamo-me Jane Cesário Brás Ferrete, porém sou conhecida como senhora Ferrete. Por que senhora Ferrete? Vocês devem estar se perguntando, bom, tudo começou há seis anos, após voltar da minha faculdade de administração, na verdade estava retornando do meu curso de fotografia, só que meus pais não sabiam que além da faculdade que eles me obrigaram a fazer eu também fazia o que gostava, mas vamos deixar isso de lado pelo menos por enquanto.
Chegando em casa avistei meus pais sentados na sala à minha espera, então eles pedem para que eu os siga até o escritório e o faço imediatamente ignorando a sede que sentia, pois quando eles me chamavam eu tinha que obedecer de pronto, já em seu escritório meu pai me disse que me casaria com Olavo Ferrete dentro de uma semana. Não gostava muito desse homem, pois além dele ser bem mais velho do que eu, todas as vezes que vinha aqui em casa me olhava de forma diferente e eu sabia o que aquele olhar estava me dizendo, ele me desejava, mesmo eu sendo uma criança e eu não gostava nada daquilo, uma vez cheguei a comentar com minha mãe sobre os seus olhares esquisitos, mas ela sempre me dizia que eu deveria parar de sandices, que Olavo era um homem decente e que jamais faria algo do tipo, e eu acabava deixando de lado.
— Mas pai, eu nem o am...
— Você tem que entender que famílias de negócios como a nossa não têm tempo para pensar em amor. – Meu pai me interrompe.
— E a faculdade e os meus planos? – Pergunto a ele, que me encara por alguns instantes. — Vocês pensaram em mim em algum momento?
— Querida, eu deixei você fazer tudo o que quis, agora está na hora de retribuir. – Meu pai disse, me dando um olhar gélido.
— Mas pai, por favor... mãe, me ajuda. – Olho para mamãe, na tentativa dela dizer ao meu pai o quão equivocado ele estava, mas estava enganada.
— Querida, você irá se casar com um homem de posses e que ajudará nossa família. – Foi o que minha mãe disse, apenas com um sorriso no rosto.
Nunca imaginei que meus pais fariam isso comigo, eles decidiram o meu futuro sem me consultar, sei que eles sempre dizem que sabem o que é melhor para nós, mas neste momento eu percebo o quão equivocado eles estão.
Naquela noite conversei com minha mãe e disse a ela mais uma vez que não desejava me casar com Olavo Ferrete, um homem que não sinto nada além de um pouco de receio e asco. Ela afagou meus cabelos, pôs minha cabeça em seu ombro e disse-me que mulheres como nós, nascidas em famílias distintas, têm que fazer tudo que for necessário pela família, inclusive nos casar sem sentimentos, e que o amor devemos deixar para as pessoas menos abastadas. Ela concluiu dizendo: faça tudo pelo bem de nossa família, e saiu do quarto, deixando-me chorosa. Peguei meu celular dentro da bolsa e liguei para a minha amiga de todas as horas, que não demorou a chegar.
— Jan, me conta o motivo de você estar parecendo um urso panda? – Suzy perguntou cautelosa, analisando-me minuciosamente.
— Ah, Suzy! O que posso dizer... Eu irei me casar. – Ela olhou para mim, de olhos arregalados.
— Como assim casar? Está louca? – Ela olha para mim, esperando que eu continue a dizer.
— Me casarei com Olavo Ferrato, dentro de uma semana. – Suzy se levantou da cama e começou a andar de um lado a outro.
— Você não pode fazer isso. Não pode estragar a sua vida, deixe que seu pai vá para a cadeia e pronto. – Olho para ela assustada, e só aí ela percebe que falou mais do que deveria.
— Como assim cadeia? – Olho-a assustada.
— Ops! Acho que você não sabia de toda a verdade, não é? – Ela se desculpou.
— Que verdade? E por que meu pai estaria indo para a cadeia? O que ele fez?
— Digamos que seu pai fez negócios ilícitos, e agora perdeu tudo, arruinando a sua família e contraindo uma dívida gigantesca que, se não for paga dentro de duas semanas, ele irá para a prisão.
Levanto-me da cama e começo a caminhar aflita de um lado para o outro. Ah, pai, o que o senhor fez? Então, por isso ele quer que eu me case com Olavo.
— Amiga, não é culpa sua, você tem que fugir, seus pais estão te vendendo para um homem velho e escroto.
— Mas eu devo fazer tudo pela família, foi assim que fui criada.
— Não Jane, não deve se casar com um homem grotesco para salvar o pescoço do seu pai, não é certo. E seus planos? Você não é uma moeda de troca.
— Eu não posso deixar que meu pai vá para a cadeia, o que será de minha mãe e de meu irmãozinho? Você sabe que o tratamento dele é caro e meus pais nem dão atenção a ele, sem dinheiro como ele será cuidado? Eu posso me virar e ele? Você sabe que meu irmão nunca irá falar, andar, enfim ter uma vida "normal", e meus pais só estão com ele porque paga o tratamento.
— Ja...
— Não, Suzany, agora entendo o que minha mãe sempre diz, preciso salvar a minha família e, principalmente, garantir que meu irmão tenha uma vida um pouco melhor.
— Jane, eu acho isso uma idiotice de sua parte, seus pais são adultos e não devem impor esse tipo de responsabilidade a você, e eu posso te ajudar com seu irmão.
— Você sabe que minha mãe jamais aceitaria e vai jogá-lo na sarjeta.
Fui até a janela, e as lágrimas escorrem pelos meus olhos. Suzy me olhou, se levantou e me abraçou.
— Amiga, sua louca! Não apoio a sua decisão, mas saiba que estarei aqui para o que precisar. E um dia darei um jeito de te ajudar a se livrar desse compromisso. – Eu a agradeço, e ela me abraçou mais uma vez.
— Gostaria que vocês recebessem com palmas, ela a escritora de um dos livros mais vendidos da atualidade brasileira e dona do Projeto Vanessa's Liberation, recebam com uma salva de palmas Jane Cesário Barreto. – Estava muito nervosa, mas eu precisava entrar, então respirei fundo e pisei no palco — Por favor, sente-se Jane. – Me sentei ainda sem acreditar que estou em um dos programas vistos da manhã. — Bom dia Ana Leticia, bom dia plateia e telespectadores de casa. – Estava muito tímida com todos olhando para mim. — E então Ane nos conte um pouco a respeito do seu livro. — O nome do meu livro chama-se vendida (Esposa Modelo) e nele conto a minha história real. — Há um documento assinado por seus pais que viralizou, onde eles te deram em casamento aos dez anos para Olavo Ferrete. Como você se sentiu ao saber disso. — Nada confortável, eu acreditei que meus pais haviam prometido a minha mão aos vinte dois anos, mas eu já era uma criança prometida. – Respirei fundo para que as lágr
Jane CesárioChegando ao cemitério, me sentei em frente a lápide de Vanessa, antes de começar a falar alguma coisa, fiz um minuto de silêncio e uma oração por sua alma.— Sei que não nos conhecemos pessoalmente, mas gostaria de te agradecer por tudo, principalmente por estar ao meu lado me dando forças a continuar, sei que não nos conhecemos, mas gostaria muito de tê-la como amiga. Espero que de onde estiver se sinta vingada e que sua alma possa enfim ter o descanso merecido, nunca esquecerei você e sempre que puder estarei aqui, mais uma vez muito obrigada. – Senti um vento me envolver e eu sabia que era Vanessa me agradecendo,elevei meus olhos para o céu e agradeci mais uma vez e com o coração mais leve e a sensação de paz voltei para o carro onde encontrei Eduardo a minha espera, ele me deu um beijo e fomos para casa.Os meses a seguir se passaram tranquilamente e aos poucos as pessoas foram retomando suas vidas, minha amiga Suzy foi morar com Carlos, os dois não tem nem um mês qu
Eduardo BarretoQuando Suzy chegou eu a deixei com Jane e fui resolver algumas questões na delegacia Carlos acabou indo comigo é assim que chegamos o delegado nos deixou ouvir o depoimento de uma das cafetinas, seu nome era Raimunda, mas muitas pessoas a conheciam pelo nome Rayane. Conforme ela contava as coisas que aconteciam com as garotas eu ia ficando enojado, ela deu sorte que eu não sou adepto a violência contra mulher, mesmo que essa mereça não é assim que as coisas funcionam. A mulher contava as situações como se fosse um filme que ela tivesse assistido o que me deixou ainda mais possesso. Como pode uma mulher tratar a outra assim? Estava me fazendo esse questionamento.— Eu sabia que Olavo era um canalha, mas não a esse ponto. Como ele pode se envolver em tráfico humano? – Carlos perguntou e eu não sabia o que dizer apenas olhava para aquela mulher desejando que a pena dela seja muito longa. — Não fica assim Edu, vamos, não vale a pena você ficar aqui ouvindo essas atrocidade
Renata CesárioSei que não tenho nenhum direito, mas estava preocupada com Jane, sempre fui uma péssima mãe, por que incentivei minha filha a se casar com Olavo, mesmo sabendo que havia alguma coisa errada com ele. Quando ela finalmente fugiu das garras do marido eu agradeci aos céus, por alguém finalmente ter tido coragem de mudar a sua vida, mas como tudo que é bom dura pouco Olavo pôs a mão em Jane e a levou para onde ninguém sabia. Todos estavam preocupados menos Ângelo o que me fez ficar possessa.— Ângelo, você está concordando com tudo que Olavo está fazendo? – Perguntei a ele que deu de ombros.— Ele é o marido dela e tem direitos. – Já deveria saber que não poderia contar com o meu marido, mas mesmo assim tentei apelar para a consciência dele.— E nós somos os pais, deveríamos estar preocupados com o que acontece com ela. – Ele sorriu para mim e eu sabia que estava me zombando de mim.— Resolveu ser uma boa mãe agora? – Aquilo me atingiu em cheio — não se faça de rogada ago
Suzanny Freitas.Passei os ultimos dois dias apreensiva, desde o dia em que Eduardo me contou sobre a minha amiga ter voltado para o inferno que ela está, sei que Jane gosta de proteger as pessoas as pessoas, mas voltar é burrice e mais burro ainda é Eduardo que permitiu uma loucura daquelas.— Oi amor, por que está com essa careta? – Carlos perguntou beijando o topo da minha cabeça.— Pensando em Jane. – Digo a ele que começou a sorrir.— Eu sabia disso, só perguntei para ter certeza. – Ele me abraçou. — Vai ficar tudo bem você verá.— Assim espero, pois estou com um sentimento nada bom e eu sou muito intuitiva.— Normal, você e Jane parecem irmãs siamesas, já ficaram muito tempo longe uma da outra? – Carlos me perguntou.— Só quando ela se casou com Olavo, mas eu sempre dava um jeito de vê-la, então tecnicamente nunca ficamos tanto tempo afastadas.— Viu, sua preocupação é essa, tenha fé que Jane está bem e estará em segurança logo.— Você tem razão e esse é um dos motivos pelo qual
Jane Ferrete/ Olivia(Contém gatilhos) Só estou aqui nesse quarto a um dia mas parece que estou aqui uma eternidade, Olavo é um monstro, como ele pode permitir que aquele desgraçado do Max me violentasse, só de lembrar disso tenho vontade de chorar, mas por hora vou manter a minha força, estou por um fio, mas me manterei firme, porque eu tenho fé que Eduardo virá em breve.O desgraçado do meu marido deu ordem para que Gian um dos seguranças me batesse, mas assim que ele viu o meu estado, me olhou com pesar, tenho certeza que estou acabada e não gostaria de olhar o meu estado no espelho.— O patrão me deu ordem para te machucar, mas eu não tenho coragem de fazer isso com você, Olivia. Te maltratar desse jeito é covardia e se tem uma coisa que não sou é covarde. – Agradeci a ele por isso. — Eu observo e percebo que diferente das meninas daqui que aceitaram seus destinos você ainda está lutando.Ele me ajudou a levantar e segurou o copo de água para que eu bebesse, eu tomei água rapidam
Último capítulo